No banco do morre sentado
Júnior Rebouças – Escritor e Editor do canal RB Ninguém passa sem ser visto Pelo banco do morre sentado Todos sabem de todos.
Júnior Rebouças - Escritor e Editor do canal RB
Ninguém passa sem ser visto Pelo banco do morre sentado Todos sabem de todos... Onde, quem, quando, tudo se é comentado Na rede cortiço de informações Ali, nenhum fica calado Logo cedo, já tem gente que chega E assim, e durante todo o dia, vão se revezando Pautas, assuntos...pessoas sendo faladas Que por sua vez, vão falando... Um verdadeiro ambiente de faladoria Onde, novatos... vão se acostumando São senhores, idosos aposentados Toda uma geração, atuando no fofocão Não se importam com nada Estão em outra condição... Mas que também quando falam Vociferam à própria contradição As invencionices sobre sexo No banco do morre sentado, são as mais comentadas São performances que desafiam até a ciência... Contraditoriamente às idades avançadas São narrativas de verdadeiros garanhões Com suas estórias mal contadas E assim, os tempos passam, vão se indo... Com todos, de todos falando, sorrindo, minguando mangando Não rara as vezes mentindo Quando não, inventando E entre um desentendimento e outro Vão, tranquilamente, vendo o momento da morte chegando.