Trump assombra o mundo com suas ambições imperiais

fevereiro 16, 2025

Luiz Carlos Azedo – Jornalista, trabalhou nos jornais O Dia, Última Hora, O Fluminense, Diário de Notícias, O Globo e Diário Popular.

Donald Trump - (crédito: Ting Shen / AFP)

Luiz Carlos Azedo - Jornalista, trabalhou nos jornais O Dia, Última Hora, O Fluminense, Diário de Notícias, O Globo e Diário Popular. Texto publicado no Correio Braziliense

Quando assume o governo de Tomainia, Adenoid Hynkel acredita em uma nação puramente ariana e passa a discriminar os judeus. Essa situação é desconhecida por um barbeiro, que está hospitalizado devido à participação em uma guerra. Ao receber alta, mesmo sofrendo de amnésia sobre o que aconteceu, passa a ser perseguido e precisa viver no gueto. Lá, conhece a lavadora Hannah, por quem se apaixona. A vida do barbeiro passa a ser monitorada pela guarda de Hynkel, que tem planos de dominar o mundo. Seu próximo passo é invadir Osterlich, um país vizinho, e para tanto negocia um acordo com Benzino Napaloni, ditador da Bactéria.

Trata-se do roteiro de O Grande Ditador, clássico dos clássicos do cinema, uma sátira política de Charles Chaplin, lançado em meio à II Guerra Mundial, no qual o genial diretor interpreta os dois personagens, sem saber do genocídio que o mundo viria a conhecer após a libertação do campo de concentração de Auschwitz pelas tropas soviéticas. Ao realizar o filme, Chaplin ficou tão desconfortável que quase desistiu. Escarneceu do autoritarismo sem se dar conta de que tudo aquilo que procurou mostrar era muito, mas muito pior.

Chaplin satirizou as figuras de Adolf Hitler e Benito Mussolini (no caso, Adenoid Hynkel e Benzino Napaloni, o ditador do país Bactéria). Não perdoou os poderosos ministros Hermann Goering e Joseph Goebbels, que no filme assumem as identidades de Herring e Garbitsch. Hynkel é mostrado como uma criança mimada, que brinca com um globo terrestre, mais ou menos como o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está fazendo.

Como na realidade, homens e mulheres simples e humildes vivem a penúria financeira, a intolerância e a violência de toda sorte. O barbeiro é um alter ego de Carlitos, o vagabundo que sofre para viver em um mundo cheio de maldade e miséria. A lavadora Hannah é a personificação da esperança. Chaplin trouxe para o cinema falado o humor que o consagrou no cinema mudo e nos faz duvidar dos mitos, com suas promessas de salvação e glória eterna, além de azucrinar as paixões políticas cegas e o culto à personalidade.

A perseguição que Trump move às minorias e aos imigrantes latinos e a forma ameaçadora como se impõe ao mundo, rompendo com toda a institucionalidade da economia mundial, acordos comerciais e organismos multilaterais, inclusive, em relação a aliados históricos, assombram as chancelarias. Trump se comporta como um grande conquistador. Ameaça anexar o Canadá, fechou a fronteira com o México, pretende comprar a Groelândia e tomar de volta o Canal do Panamá. Agora, em plena vigência de um acordo entre Israel e Hamas, anuncia um plano para expulsar os palestinos da Faixa de Gaza. Ou seja, algo entre a limpeza étnica ou o puro genocídio.

Chaplin satirizou as figuras de Adolf Hitler e Benito Mussolini (no caso, Adenoid Hynkel e Benzino Napaloni, o ditador do país Bactéria). Não perdoou os poderosos ministros Hermann Goering e Joseph Goebbels, que no filme assumem as identidades de Herring e Garbitsch. Hynkel é mostrado como uma criança mimada, que brinca com um globo terrestre, mais ou menos como o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está fazendo.

Como na realidade, homens e mulheres simples e humildes vivem a penúria financeira, a intolerância e a violência de toda sorte. O barbeiro é um alter ego de Carlitos, o vagabundo que sofre para viver em um mundo cheio de maldade e miséria. A lavadora Hannah é a personificação da esperança. Chaplin trouxe para o cinema falado o humor que o consagrou no cinema mudo e nos faz duvidar dos mitos, com suas promessas de salvação e glória eterna, além de azucrinar as paixões políticas cegas e o culto à personalidade.

A perseguição que Trump move às minorias e aos imigrantes latinos e a forma ameaçadora como se impõe ao mundo, rompendo com toda a institucionalidade da economia mundial, acordos comerciais e organismos multilaterais, inclusive, em relação a aliados históricos, assombram as chancelarias. Trump se comporta como um grande conquistador. Ameaça anexar o Canadá, fechou a fronteira com o México, pretende comprar a Groelândia e tomar de volta o Canal do Panamá. Agora, em plena vigência de um acordo entre Israel e Hamas, anuncia um plano para expulsar os palestinos da Faixa de Gaza. Ou seja, algo entre a limpeza étnica ou o puro genocídio.

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