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maio 28, 2023

Voar… Voar… Voar

Cristóvão Ferreira Cavalcante – Mipibuense radicado no Rio de Janeiro O homem fica frustrado em saber que dois terços dos seres vivos são  capazes de voar livremente.

Cristóvão Ferreira Cavalcante - Mipibuense radicado no Rio de Janeiro

O homem fica frustrado em saber que dois terços dos seres vivos são  capazes de voar livremente. Pelo menos foi que li, numa revista científica. Como é público e notório, foi negado ao homem o doce privilégio de voar.

O homem inconformado por não ter o dom de voar, ficava observando o voo invejável das gaivotas, que lhe permitem a dócil geometria de suas asas. A natureza não foi assim tão 'madrasta' com o homem pensa. Afinal, se não lhe deu asas ao corpo, deu asas a imaginação.

Atualmente, vemos o céu repleto de sonhos. Aviões, jatos, balões, asas-deltas, ultraleves, planadores... bailando nos céus. Volta e meia o sonho despenca e se espatifa no chão, sob os olhares dos urubus, Invadindo o espaço deles.

Respeito o devaneio do homem, mais não vejo saída. O homem, jamais voará por seus próprios meios. Por isso se apropria dos artifícios das máquinas barulhentas, que tiram o sossego dos pássaros, que tem o dom de voar.  Também se aproveita dos ventos. Isso deixa o homem numa situação de inferioridade.

Quando eu era criança era aficionado em aviação. Na época, sempre que ia de São José de Mipibu para Natal, fazia questão de sentar, do lado direito da condução, só para pra os aviões no campo de pouso de Parnamirim.

Ficava maravilhado vendo, pela janela, ao longe, as aeronaves em terra. Em1953, ganhei do meu tio João,  um presente de Natal. Era uma linda réplica de um avião. Fiquei muito feliz, ao ponto de dormir com o brinquedo.

Aos 14 anos, fui convidados, pelos meus irmãos João e Hélio, para fazer uma viagem, de avião, de Natal pra Recife. Pense numa onda e uma grande emoção...

Em 1966, com 18 anos, fui servir na Aeronáutica (de 1966-1970). Fiquei espantado em ver um avião da Força Aérea Americana - um C-130 cargueiro -, transportar dois "papa-filas" (ônibus para transporta tropas). De olhos arregalados, não acreditava no que estava vendo. Quis o destino, que não tivesse completado o sonho de ser aviador.

Outro sonho frustrado, que jamais poderia realizar, era ser jogador de futebol. Sempre fui e sou apaixonado por futebol, mas péssimo com a pelota. A inabilidade com a bola era gritante. Um amigo técnico de futebol, me chamou, num campo do campo e disse: "Garoto, esquece futebol. Nunca serás um desportista" E acrescentou: "No esporte vou te apresentar um esporte, que com certeza vai cair como uma luva para você. Me direcionou para o ringue. Com o tempo, me aperfeiçoei  em artes marciais. Não fui atleta alto nível.

Cristóvão exibe as suas medalhas
Se aperfeiçoou em artes marciais

Hoje, faço corrida de média e longa distância.

2 respostas para “Voar… Voar… Voar”

  1. Parabéns!!! Belo texto / relato de vida.

  2. Dedé, o mérito em reeditar e ilustrar,é todo seu, eu apenas faço uns relés escrivinhos relatando, pois bem sabes, que apenas tenho na lembrança algo do passado dos bons tempos da nossa querida terrinha e me esforço em relatar, sabendo que chegando até você. Você faz acontecer. Obrigado!