Umbuzeiro – a árvore sagrada do sertão
Jeane Araújo – Professora e Membro na empresa da Academia Cearamirinense de Letras e Artes – ACLA Teu nome “ymbu”, de origem tupi-guarani, ou “árvore sagrada do sertão”, como te chamou Euclides da Cunha em “Os Sertões”.
Jeane Araújo - Professora e Membro na empresa da Academia Cearamirinense de Letras e Artes - ACLA
Teu nome “ymbu”, de origem tupi-guarani, ou “árvore sagrada do sertão”, como te chamou Euclides da Cunha em “Os Sertões”. Árvore centenária, com folhas que desaparecem nos períodos de seca, mas que voltam a renascer ao cair das primeiras chuvas.
Marcas o tempo. O perfume que emanas de tuas flores brancas é o néctar que delicia as abelhas. Tuas raízes armazenam água nos longos períodos de seca. Tua copa, um triângulo arredondado, é albergue de sol e chuva do sertanejo. Assim sobrevives, ano após ano, adaptada ao sertão.
Tua força de renascimento é igualzinha à do sertanejo que apesar das agruras da seca, não se abala e segue, ano após ano, até que o inverno chegue, as chuvas caiam e tudo renasça. És sagrada, cálice de vida, fênix!