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dezembro 3, 2023

Triângulo amoroso histórico

Alex Medeiros – Jornalista e escritor @alexmedeiros1959 (Texto publicado na Tribuna do Norte) Dia 22 de novembro fez 60 anos do mais emblemático assassinato do século XX, quando o então presidente dos EUA, John Fitzgerald Kennedy foi abatido quando chegava na cidade de Dallas.

Alex Medeiros - Jornalista e escritor @alexmedeiros1959 (Texto publicado na Tribuna do Norte)

Dia 22 de novembro fez 60 anos do mais emblemático assassinato do século XX, quando o então presidente dos EUA, John Fitzgerald Kennedy foi abatido quando chegava na cidade de Dallas. Desde então, sua morte suscita teorias de conspiração, novas investigações, reportagens espetaculares, filmes e documentários. De ontem para cá, obviamente, a mídia mundial dá destaque ao sexagenário do fato, por isso prefiro abordar o mundo amoroso de JFK.

É público que a diva do cinema Marilyn Monroe teve um romance secreto com o ex-presidente norte-americano e também com seu irmão, Bobby Kennedy, que por sua vez teria mantido relações com a cunhada Jacqueline Bouvier no princípio da sua viuvez, naquele fatídico 1963.

A beleza de Marilyn Monroe | Vogue

A minissérie “Os Kennedys”, dirigida por Jon Cassar e vencedora de um prêmio Emmy, não deixa dúvidas de que a atriz repetiu com Bobby em menor intensidade o love affair iniciado com Jack nos anos em que ele fez da Casa Branca um bunker sexual.

Há duas cenas que transmitem muito bem o envolvimento do então todo poderoso Procurador-Geral do governo americano com Marilyn e com Jacqueline, a primeira no plano da libido, a segunda no aspecto passional. A série continua disponível gratuitamente no YouTube, e é fantástica.

Numa festinha num dos salões da Casa Branca, um executivo do governo apresentou a atriz para o mais cerebral dos filhos de Joe e Rose, e ela o convida a tomar um drinque, no que é interpelada pelo assessor: “Marilyn, o Bobby não bebe, não fuma e nem trai a esposa”.

A loura cola os lábios vermelhos na orelha esquerda do irmão do seu amante, e fuzila a pergunta: “Tem certeza que você é irmão do Jack?”. A resposta vem nas imagens da atriz num grande pileque assediando o político e o convencendo a levá-la em casa.

Numa outra tomada, Bobby e a mulher, Ethel, mãe dos seus 11 filhos, acordam à meia-noite com um telefonema da ainda fresca viúva Jacqueline, carente de proteção e pedindo ajuda para o cunhado espantar os paparazzi da soleira da sua porta.

As condições de marido apaixonado e chefe de família responsável, católico fervoroso, não foram suficientes para conter a crise de ciúmes de Ethel e abortar sua prestação de consolo à cunhadinha assustada, que deita a cabeça no seu peito e é afagada por ele.

É vasta a literatura sobre aventuras amorosas e libidinosas na família mais importante do mundo entre as décadas 1950 e 1970, a começar pelo patriarca Joseph Patrick Kennedy, um rico predador de corações femininos, entre eles o da atriz Gloria Swanson.

O caso de JFK com Marilyn gerou fofocas e ensaios de escândalos sem muito fôlego histórico para ameaçar os alicerces republicanos dos EUA, nem mesmo após o livro “Marilyn e JFK”, do francês François Forestier, com revelações beirando a escatologia.

Mas no começo de 2014 surgiu um material com potencial capaz de atingir alto grau na escala bélico-jornalística, um suposto vídeo gravado por um ex guarda-costas dos estúdios de Hollywood, que tinha acesso aos sets de filmagem e aos camarins de Marilyn Monroe.

William Castleberry garantia que guardava com ele uma fita em que apareciam os irmãos John e Bobby mantendo relação sexual com a atriz, então casada com o ídolo de beisebol, Joe DiMaggio, amigo pessoal do segurança, que por isso manteve o vídeo escondido.

Com uma dívida de US$ 200 mil adquirida na venda de uma estufa falsificada e tendo o prazo de quitação estabelecido pela Justiça para expirar, Castleberry anunciou um leilão, só que nem bem chegou março, o leilão foi cancelado e apareceu US$ 200 mil na sua conta. E nunca mais o assunto voltou, dando sossego a Jack, Bobby e Marilyn, três ícones dos belos anos 1960.

Uma resposta para “Triângulo amoroso histórico”

  1. Solrac disse:

    E o poder econômico ou meramente o poder, determinando a direção. Do sexo à verdade na história.