Tomando café com minha própria companhia
Por Jeane Araújo – Professora e Membro na empresa da Academia Cearamirinense de Letras e Artes – ACLA Tomo o café da manhã sozinha.
Por Jeane Araújo - Professora e Membro na empresa da Academia Cearamirinense de Letras e Artes - ACLA
Tomo o café da manhã sozinha. Já me acostumei a ter prazer com minha própria companhia. É um aprendizado ao longo da vida. E um ritual.
Primeiro ponho uma mesa bonita, um jarrinho de flores, a xícara, os talheres. Sempre escolho uma xícara diferente, tenho algumas delas, presentes de amigos, outras que adquiri.
Ponho uma música, faço meu café e sento à mesa com a melhor das companhias. Meu pensamento louco de geminiana conversa mil e uma coisas dentro de alguns minutos. Vai desde o texto que não terminei à "como eu queria estar agora tomando banho nas piscinas que se formam na praia do forte..."
Entre um gole e outro do café preto eu penso nas tarefas a serem feitas ao longo do dia. Penso, mas não listo. Até nisso preciso manter a questão da indisciplina, coisa que trabalho, mas não consegui ainda resolver.
Tudo o que me prende e me obriga, eu descarto. Os voos sempre me encantaram. Sem destino de pouso.