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maio 26, 2024

Téo Azevedo partiu fora do combinado

Gutenberg Costa – Folclorista e Escritor “E é graças aos encontros inesperados dos velhos amigos que eu fico reconhecendo que o mundo é pequeno e, como sala-de-espera, ótimo, facílimo de se aturar…” (João Guimarães Rosa, Sagarana) Cultura popular mineira/brasileira de luto.

Gutenberg Costa - Folclorista e Escritor

“E é graças aos encontros inesperados dos velhos amigos que eu fico reconhecendo que o mundo é pequeno e, como sala-de-espera, ótimo, facílimo de se aturar...” (João Guimarães Rosa, Sagarana)

Cultura popular mineira/brasileira de luto. Téo Azevedo, nascido em Alto Belo/MG, a 02 de julho de 1943, partiu fora do combinado, como costumava dizer o saudoso Rolando Boldrin, agora, dia 11 de maio de 2024. Encantou-se. É nome ilustre no dicionário dos folcloristas brasileiros, do mestre e também amigo pernambucano Mário Souto Maior, (págs. 228/229, 2020), outro meu querido cabra da peste. Conheci o Téo, há várias décadas, em São Paulo/SP. Risonho e grande conversador das coisas boas mineiras. Segredos do folclore e até das rezas das benzedeiras mineiras. Do linguajar matuto...

O guerreiro cultural Téo Azevedo era poeta, cantador, músico, escritor, pesquisador e folclorista. Irrequieto, como poucos que tive o privilégio de conhecer e ouvir cara a cara. Trincheira árdua de poucos, a morte de Téo representa mais um golpe na cultura do país: brilhará agora na constelação dos imortais, ao longo do tempo, se a memória coletiva assim permitir.

Companheiro fiel de muitos amigos meus, entre eles, o baiano Franklin Maxado e o potiguar de Nísia Floresta, o Raimundo Brasileiro. Téo não pode ser esquecido neste país sem memória. Deixo aqui, nestas apressadas e difíceis linhas de saudades, a minha singela homenagem a este grandioso nome dos maiores estudiosos da cultura popular dos últimos tempos. Que descanse em paz, amigo e mestre Téo Azevedo. Que esteja na terra dos bons e alegres, que só vieram para marcar o nosso chão com boas amizades e nossa genuína cultura popular brasileira. Uai mineiro, cabra bom! Saudades!

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