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maio 19, 2024

Pazes com o mês de maio

Jeanne Araujo – Professora e Membro na empresa da Academia Cearamirinense de Letras e Artes – ACLA Fiz as pazes com o mês de maio.

Jeanne Araujo - Professora e Membro na empresa da Academia Cearamirinense de Letras e Artes – ACLA

Fiz as pazes com o mês de maio. Foi um processo longo e difícil, mas precisava transformar as dores em histórias para que eu pudesse, finalmente, ir em frente.

E é contando essas histórias que me fortaleço e me levanto. É contando essas histórias que dou passos à frente junto às mulheres da minha família.

14 de maio é o dia que marca a passagem de minha mãe para a vida espiritual e também da minha avó materna. Em anos diferentes, mas no mesmo dia. E não sei porque a gente termina criando medos e penumbras com certos dias.

Atravessar maio sempre me deixava em sobressalto, quanto mais se achegava o dia 14, mas eu me afligia como se estivesse marchando para um encontro com a indesejada. Até que o dia chegava e passava como todos os outros, porque a ausência da minha mãe eu sinto todos os dias, em todos os momentos, hoje é apenas uma saudade e não mais uma dor. 

Este ano,  a experiência foi outra. Fomos agradecer por sua força, sua luta, seu amor por nós. Fomos ressignificar nossa casa emocional e atestar a nossa fé nas mulheres da família, em todas elas que já vieram e nas que ainda virão. Juntas, de mãos dadas, atravessamos maio e já não há medos e nem dores, transformamos tudo em gratidão!

PS. 13 de Maio, dia da aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, foi o dia em que mamãe sofreu um aneurisma que resultou em seu desencarne. Rezamos, ontem, por ela, por vovó Vitalina, pela saúde de tia Mariquinha, por tia Bebeca e por todas as mulheres da nossa ascendência e descendência. Rezamos também por todas as Marias, pedindo à Maria Santíssima que nos abençoe e proteja a todas nós em nossa caminhada.

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