O Rádio na minha vida
Gutenberg Costa – Escritor e Presidente do Conselho Norte-riograndense de de Folclore O Rádio na minha vida.
Gutenberg Costa - Escritor e Presidente do Conselho Norte-riograndense de de Folclore
O Rádio na minha vida. Aqui tenho vários aparelhos. É claro, que antigos e funcionando. Do tempo da válvula que esquentava. Canarinho a voz de ouro. Sempre os escuto. Se parar enferruja, até nós.
Lembro que no tempo de criança, ouvia as novelas no velho rádio de lá de casa. Músicas boas. Via minha saudosa mãe chorar com a novela "O Direito de Nascer". E isso, bem antes da chegada da moderna TV preto e branca. Colorado RQ, comprada a prestações na Casa Régio.
Papai, com seu carrancismo, só não aceitava radiola, batendo o martelo e dizendo: aqui não é cabaré! Geraldo Costa, não era de brincadeiras. Já dona Maria Estela, era uma santa e coração grande e mole.
Depois, fui crescendo e visitando de cabido, as Rádios Poti, Nordeste, Rural, Trairi e Cabugi. Ouvindo e conhecendo os radialistas de perto. Aprendendo e ao mesmo tempo, me divertindo.
A Patrulha da Cidade, da Rádio Cabugi. Saudades das presepadas no ar dos radialistas e humoristas - Tom Borges, Wellington Carvalho, Nice Fernandes e Coronel Bolachinha, entre outros. Gosto ainda de visitá-las e falar em seus microfones.
Quando eu chegava em Macau, era sempre convidado pelo meu saudoso primo materno, Neto Borracha, com seu programa na Rádio Salinas: Radiola de Ficha. O melhor da música romântica brasileira. Eu não gosto do termo Brega. E sempre digo isto, abertamente nos microfones das rádios, aonde chego.
Quando vim morar nas terras de Nísia Floresta, há seis anos, fui convidado algumas vezes, pela amiga e professora Rejane, aqui da única rádio comunitária da cidade. Sempre com medo de ficar preso a compromissos. Só tenho compromisso sério, com minha casa e a Comissão Norte-Rio Grandense de Folclore. Os outros, só vou quando o coração velho, me chama.
Esse "miolo de pote" é só para parabenizar o radialista violeiro e folclorista Marcos Teixeira, que quixotescamente, todos os domingos, está agarrado na viola e no microfone de uma rádio interiorana, repassando cultura popular aos ouvintes.
Parabéns Marcos Teixeira e admirada a sua luta e resistência.
PS.Texto extraído do Facebook de Júnior Rebouças
É o rádio não acaba. Né mesmo? Eu adoro o rádio. Não dispenso a escuta.👏👏👏👏👏👏👊
É, o rádio não acaba. Né mesmo? Eu adoro o rádio. Não dispenso a escuta.👏👏👏👏👏👏👊