Júnior Rebouças - Editor do canal RB Opinião

Antes, perdi até sono me questionando, o que estava acontecendo? Gradativamente fui ficando cada vez mais recatado. Dormir cedo, acordar cedo, praticamente também não participo dos grandes eventos de rua, com alta concentração de gente... me perturba um pouco aquele barulho, muita gente falando... festas, nem pensar! Com rara exceção para os carnavais da Redinha e Ponta Negra, que continuam a me emocionar.

E a cada época, contradição e dilema se apropriam, e especificamente agora, também, nas festividades juninas que estão chegando, a quem agradar, sem se desagradar?

Tenho encontrado na terapia e nos exercícios físicos compulsórios algumas respostas para as várias vacâncias que ainda persistem. Uma dieta, não tão rígida, tem ajudado muito, não por conta do peso, mas objetivamente da saúde.

Uma vez ou outra... continuo tentando me relacionar com pessoas, umas mais jovens, outras nem tanto... mas que inexoravelmente, todas, sem exceção, em algum momento barram na maneira em que vivo. Não as aceito ou não me aceitam...

Dia desses, como exemplo, ao acordar, percebi que a namorada estava usando minha camisa e meias. Vejam só, por um motivo besta, simples, bobo, fútil... fiquei mal-humorado, amuado, perdi o dia e ela. Que nunca mais voltou.

A cada conversa que travo com aqueles de minha geração, percebo que o discurso é uníssono e invariavelmente, todos querem estar em seus lugares, em suas casas, cuidar de suas coisas, tratam tudo da individualidade e independência, como bens inegociáveis. Contraditoriamente, admitem por vezes, que se sentem sozinhos...

Por enquanto a solidão não me apavora, só me acompanha, me conforta... mas, minha vida será sempre para dar chance e oportunidade ao acaso, ao imprevisível, ao incerto...

Alguns nos tacham de ranzinzas. Realmente não sei... será?

Bom final de semana!