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março 8, 2024

Nesse dia desejo saudar e homenagear:

Colaboração: Raimundo Freire As Rosas, as Rosa Luxemburgo, assassinada pelas milícias nazistas por enfrentar a opressão e estar ao lado do povo; As Margaridas, As Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada pelo latifúndio em Alagoa Grande – PB, por defender os direitos humanos e a justiça social; As Violetas, as Violeta Parra, mãe da canção […].

Colaboração: Raimundo Freire

As Rosas, as Rosa Luxemburgo, assassinada pelas milícias nazistas por enfrentar a opressão e estar ao lado do povo;

As Margaridas, As Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada pelo latifúndio em Alagoa Grande – PB, por defender os direitos humanos e a justiça social;

As Violetas, as Violeta Parra, mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados;

As Olgas, as Olga Benário, entregue pelo governo brasileiro aos nazistas e assassinada em um campo de concentração por enfrentar a opressão e estar ao lado do povo;

As Domitilas, as Domitila de Chungara, pela sua luta incansável contra a opressão de seu povo;

As Dandaras, pela sua luta em favor da liberdade e deu a vida para não se submeter à escravidão.

As Fridas, as Frida Kahlo; as Haydées, as Haydée Santamaria; as Pagus, as Patricia Rehder Galvão; as Marias, as Maria Aragão; as Laudelinas, as Laudelina de Campos Melo; as Mercedes, as Mercedes Sosa; que dedicaram suas vidas à luta contra a opressão e a favor da justiça social;

As Anas, as Ana de Amsterdã, com os dentes rangendo e os olhos enxutos; as Joanas, as Joana Francesa, qui a le parfum de la cachaça e de suor; as Rosas, as Rosas Flor, nascida na tristeza, mas que faz de sua dor beleza e que brinca de ser feliz, ouvindo a voz que vem falar do amor da flor, Mulher.

Desejo saudar e homenagear em especial as mulheres que, anonimamente, lutam no dia a dia pela sobrevivência, pela justiça, que enfrentam dupla jornada de trabalho, que choram de felicidade pelo nascimento de um filho, que enfrentam a batalha dura e injusta da vida por um mundo sem opressão.

Desejo dedicar esse texto, saudar e homenagear as Marielles, as Marielle Franco, assassinada pelas milícias, caluniada pelos fascistas, escrachada pelos racistas, homofóbicos, misóginos, mas que teve dignidade, enfrentou a tirania e plantou a semente da luta pela justiça, que sonhou um sonho impossível quando era fácil ceder, que sofreu a tortura implacável, que viveu num limite improvável e não se importou com quantas guerras teria de vencer por um pouco de paz. 

Para as Rosas, as Violetas, as Margaridas, as Marielles, saibam que valeu a pena delirar e morrer de paixão e, seja lá como for, vai ter fim a infinita aflição, e o mundo vai ver uma flor brotar do impossível chão.

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