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janeiro 26, 2024

Máquina bolsonarista de espionagem é um dos maiores escândalos da República

Por Leonardo Sakamoto do DCM A operação da Polícia Federal contra o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), vem se desenhando como a ponta do iceberg da máquina de espionagem de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2022.

Por Leonardo Sakamoto do DCM

A operação da Polícia Federal contra o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), vem se desenhando como a ponta do iceberg da máquina de espionagem de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2022. Pelas informações até o momento, podemos dizer que esse é um dos maiores escândalos desde o fim da ditadura militar.

Utilizando um software israelense que consegue monitorar a movimentação de pessoas utilizando o celular, o governo Bolsonaro espionou Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, ministros do Supremo Tribunal Federal, segundo a Polícia Federal, como trouxe Natália Portinari, no UOL. O objetivo era buscar elementos para respaldar a mentira contada pelo bolsonarismo de que ambos têm relação com o PCC.

Mas também o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia – que disse ao UOL que desconfiou que estava sendo monitorado por conta das informações que vazaram sobre onde ele estava e com quem.

Mais de 30 mil pessoas foram alvos de monitoramento ilegal por parte do governo Jair Bolsonaro. Entre eles, estariam governadores, parlamentares, jornalistas, advogados e até pessoas do entorno dos filhos do ex-presidente. Sim, o software espião também foi usado como babá eletrônica.

Bolsonaro, que já havia instalado o Gabinete do Ódio nas dependências do Palácio do Planalto para fim de atacar adversários e jornalistas, ao que tudo indica criou também uma estrutura muito pior, que atropelava garantias constitucionais e liberdades individuais, esvaziando a privacidade e fazendo arapongagem na vida pessoal e profissional de milhares de brasileiros.

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