JOEL, JULINHO E GARRINCHA
Cristóvão Cavalcante – Escritor da história de São José de Mipibu e, atualmente, residindo no Rio de Janeiro/RJ Os três maiores ponteiros direitos brasileiros, que o Brasil e o mundo viu jogar: Joel, cria do Botafogo, consagrou-se no Flamengo; Julinho Botelho, brilhou pela Portuguesa, onde garantiu a vaga no time titular da Copa de 1954 […].
Cristóvão Cavalcante - Escritor da história de São José de Mipibu e, atualmente, residindo no Rio de Janeiro/RJ
Os três maiores ponteiros direitos brasileiros, que o Brasil e o mundo viu jogar: Joel, cria do Botafogo, consagrou-se no Flamengo; Julinho Botelho, brilhou pela Portuguesa, onde garantiu a vaga no time titular da Copa de 1954 e Garrincha que foi reserva de Joel, na Copa do Mundo de 1958.
Paulo Machado de Carvalho, ouvia as dicas de Didi ('Folha Seca'), com quem costumava bater longos papos. Andando com Didi, pelo jardim da concentração da Seleção Brasileira, em Gotemburgo (Cidade da Suécia onde a Seleção Brasileira, ficou concentrada, na Copa de 1958). Numa dessas conversas, Didi convenceu o cartola Paulo Machado a colocar Garrincha, no lugar do Joel.
Assim foi feito. Mané Garrinha entrou em campo e deu no que deu, encantou o mundo! Quando a Seleção Brasileira, sagrou-se Campeã do Mundo, em 1958 na Suécia. Joel com altivez, deu a volta olímpica, abraçado com Garrincha, que passou a partir daquele momento, ao lado de Pelé, a grande paixão do futebol brasileiro.
No Rio de Janeiro, Garrincha era muito mais que Pelé. Em São Paulo, Pelé era superior à Mané.
Ainda, em 1959, o estádio Maracanã sediou um amistoso da Seleção Brasileira, contra a Seleção da Inglaterra. O velho Maracanã, ficou lotado para ver o grande jogo a seleção e, em especial o ídolo, Garrincha.
Durante a partida, quando o alto-falante do estádio, anunciou o nome de Julinho, no lugar de Garrincha, o estádio estremeceu. A multidão desapontada, indignada, destampa uma das vaias, até então, nunca ouvida no Maracanã.
As vaias não eram pela escalação do Julinho e sim, pela ausência do Garrincha. Julinho se desdobrou e mostrou ser um grande herói, ignorando as vaias da multidão. Ele, também, ignorou a defesa da Inglaterra, fazendo o gol e dando passe para o gol.
Os ingleses, ficaram perplexos! Como poderia ter outro jogador, tão bom como Garrincha!? A torcida mudou e começou a aplaudir Julinho.
A indagação era geral! Ninguém sabia o porquê do corte de Garrincha. O que houve com o Garrincha!? No dia seguinte, os jornais estamparam matérias sobre o que realmente aconteceu: A Seleção Brasileira estava concentrado no Hotel Miramar, na Avenida Atlântica, em Copacabana e Garrincha havia driblado a vigilância, fugindo da concentração, só retornando de manhã, embriagado. O jogador ficou à noite toda na bebedeira, farreando com mulheres. E segundo a Comissão Técnica, sem as mínimas condições de ser escalado para esse importante jogo.
Sempre que Garrincha era escalado para jogar, o estádio lotava. Todas torcidas iam ver o "Anjo das pernas tortas", dá show de futebol. Ele encantava a todos, era um fenômeno.
A despedida do gênio de pernas tortas na partida entre Seleção Brasileira e Seleção do Mundo, realizada no dia 19 de dezembro de 1973. O Maracanã, recebeu 155 mil torcedores, para se despedir de Mané Garrincha.
A seleção dos estrangeiros contava com jogadores renomados em seus clubes como Andrada (Vasco), Forlan e Pedro Rocha (São Paulo), Alex (América-RJ), Doval (Flamengo) e Dreyer (Coritiba). Já na seleção brasileira, craques como Rivellino, Pelé, Caju, Jairzinho e Ademir da Guia ajudaram a abrilhantar o espetáculo para o craque do gênio das pernas tortas.
Eu estava lá, na arquibancada vendo a rede tremular com seu último golllllllllll!
Realmente Cristóvão, eram verdadeiros gênios do futebol brasileiro, em suas posição, na posição de Pelé, tinha Dida grande jogadores. Hoje no Brasil,não existe mais jogadores consagrados, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Romário foram os últimos, hoje tem Neymar, mas jogou sua carreira fora, parabéns amigo pela reportagem