História verídica em São José de Mipibu
Cristóvão Ferreira Cavalcante- Mipibuense radicado no Rio de Janeiro/RJ Na década de 1950, minha avó Amélia Ferreira da Silva, morava no sítio, localizado na Rua prefeito Áureo Tavares, anteriormente conhecida por “Ladeira do Olho D’água”, nas proximidades do Matadouro Público Municipal.
Cristóvão Ferreira Cavalcante- Mipibuense radicado no Rio de Janeiro/RJ
Na década de 1950, minha avó Amélia Ferreira da Silva, morava no sítio, localizado na Rua prefeito Áureo Tavares, anteriormente conhecida por "Ladeira do Olho D'água", nas proximidades do Matadouro Público Municipal. Ela vendia, na calçada do Mercado Público Municipal. tapiocas, pescados de maneiros, bijus e outras guloseimas.
Nessa época, não existia iluminação pública e a cidade tinha estórias de aparições de assombrações. A minha vó Amélia e minha tia Geralda, como de costume, saiam de suas casas, com seus tabuleiros para vender os produtos que preparava em casa, para vender no mercado.
Às 7h da noite, com o mercado já com suas portas de ferro fechadas, as duas retornaram ao sítio. Minha avó Amélia trazia, na cabeça, o tabuleiro com as sobras dos produtos que não haviam sido vendidos.
Procurando não cair nas grandes valas, provocadas pelas águas da chuvas (a rua ainda não era pavimentada), eis que resolvem dar uma paradinha na calçada da casa de uma amiga que se juntou a elas e ficaram fuxicando.
As horas passaram rápidas, que não perceberam e, por volta das 21 horas, prosseguiram a caminhada de retorno as suas residências. Minha vó e minha tia Geralda (adolescente) ao seu, trêmulas de medo, por conta da escuridão da noite.
Como relatei, anteriormente, na rua haviam valas profundas, que as águas pluviais escavavam em tempo chuvoso. . A noite parecia um breu, de tão escura. Quando já estavam na metade do caminho, tia Geralda escutou um forte barulho, chamando a atenção da minha avó. Ela, também, havia ouvido e assustada, caiu numa profunda vala, sumindo dentro do buraco.
Apavorada e com medo, tia Geralda saiu em desembalada correria, gritando: "Socorro, um bicho enorme engoliu minha mãe". Cansada e apavorada, quase desfalecida, conseguiu chegar a casa dos familiarse e contar o ocorrido.
Meus tios Gonzaga e Lourdes, os vizinhos, se uniram e com candeeiros, lamparinas, fachos, se armaram com foices, machados, facões e porrete, seguiram para o lugar onde minha avó havia desaparecido.
Ao avistarem na profunda vala, coisa de três metros de profundidade, lá estava minha avó caída e machucada, sem condição de sair do buraco. Porque a vala era profunda e ela estava um tanto debilitada com diversos hematomas ocasionadas pela queda.
Simultaneamente, nas proximidade, vaca amojada (prenha), mugia bem alto, o que provocou a apreensão de todos que ali estavam, sem saber o que iriam encontrar, ao descer o enorme buraco.
Com muito esforço, utilizando cordas e tábuas, conseguiram retirar minha avó da vala, levando-a casa. A minha avó ficou bastante machucada, mais sem maior gravidade.
Kkklkkk Muito bemreeditado. Parabéns!