José Olavo Ribeiro - Escritor e Bacharel em Administração

            Estive no “velho continente” no verão de 2014. Após alguns dias em Paris, viajei de ônibus até a cidade de Calais (França), e de lá, de ferry boat através do Canal da Mancha, para o porto de Dover, na Inglaterra. Novamente de ônibus, por cerca de 30 minutos até Londres.

            Na capital londrina, no percurso para o hotel, passei em frente ao centenário Stamford Bridge, Estádio do Chelsea, equipe de futebol tradicional da cidade e conhecida em todo o mundo. Observei o trajeto e após me instalar, não demorei a sair e dirigir-me ao citado campo de futebol, caminhando pelas ruas e observando a vida local. Confesso que me perdi em alguns momentos, porém, o meu inglês, apesar de sofrível, não me deixou na mão. Na cidade, bem cosmopolita, encontrei gente de todas as partes do mundo, sempre disposta a ajudar.

            Era um sábado de agosto e os clubes estavam de recesso, portanto, não havia jogos a assistir. Apesar disso, pude circular ao redor do estádio e ver a parte interna, através das aberturas nos portões.

            Imaginei um dia de jogo, torcedores com bandeiras, camisas e cachecóis de seus times. Até senti inveja dos moradores de apartamentos próximos, pois, com certeza teriam toda facilidade em se deslocar para um domingo de futebol.

            Próximo ao estádio existe um pequeno restaurante de brasileiros, o Café Brazil, que fui visitar e sentir alívio em me comunicar no meu idioma.

            Nas imediações também encontrei diversos pubs, tradicionais bares londrinos, onde também imaginei dezenas de pessoas aglomeradas antes e depois de cada partida, comemorando as vitórias ou tentando aliviar as derrotas.

            Assisto aos jogos do campeonato inglês todo fim de semana. Já torci por Chelsea, Manchester City e atualmente Arsenal. Perguntei-me porque mudo periodicamente minha preferência. A resposta é: torço apenas por duas agremiações, ABC e Vasco. Com esses formei vínculos desde a infância. Os demais, de qualquer cidade ou país, admiro pelo desempenho e trabalho bem realizado em determinados momentos, sem esquecer a influência dos craques brasileiros que jogam ou jogaram nessas equipes.

            O futebol é apaixonante. Milhares em todo o mundo torcem, se alegram, sofrem, discutem os jogos no trabalho, no lazer, enfim, preenchem suas vidas com a arte e as emoções desse esporte.