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dezembro 3, 2023

Então é Natal (1)

Haroldo Varela Pois é, o tempo  parece que está  voando, já  estamos perto do Natal! Particularmente, eu gostava muito da época  natalina mas hoje,  entre as perdas e a saudade dos que partiram, a festa já  não  tem mais o mesmo brilho.

Haroldo Varela

Pois é, o tempo  parece que está  voando, já  estamos perto do Natal! Particularmente, eu gostava muito da época  natalina mas hoje,  entre as perdas e a saudade dos que partiram, a festa já  não  tem mais o mesmo brilho. Dormir cedo para esperar o presente de Papai Noel  sempre debaixo da cama, almoço  na casa dos avós com a família  grande, algazarra com os primos, a mesa farta e sem frescuras.

Não  tinha Shopping Center e fazer compras no centro da cidade era tudo de bom!  Wave, Surf, Love boutique, ou mesmo seu Justo que fazia réplicas  das calças  da moda a um preço  bem mais  em conta. Os botões  "Lee" eram garantidos pela Relâmpago  Calçados.

Rua João Pessoa iluminada com gambiarras, Lobrás lotada, chocolates da confeitaria Cisne,  Nick com a sua vitrine sempre de muito bom gosto, os lanches na Casa da Maçã. Tempos bons, pois até  andar de escada rolante era um evento.

Centro de Natal - Tok de História

Lembro de uma  cena inusitada: mamãe  comprou um relógio  e pediu para o Papai Noel de uma loja de departamento entregar para meu irmão  mais novo,  Hamilton. A intenção  era nobre porém, inconsequente. Enquanto  a meninada  só recebia  balas  e chocolates,  ele foi presenteado  com um relógio.  Resultado:  o doublé  de Papai Noel  saiu de cena mais rápido  do que o esperado,  as crianças  enlouqueceram querendo o mesmo presente. Expediente  acabado.

Boas  lembranças mas, as coisas mudaram, parece que ficamos mornos.

Já não enviamos aqueles tradicionais cartões de Natal que eu passava a tarde escolhendo os mais criativos, os mais bonitos! Lembram dos cartões da UNICEF? 

Pois é, a modernidade e a  tecnologia nos levaram a compartilhar mensagens  automáticas, fabricadas nas redes sociais e até os abraços são virtuais! A distância  geográfica parece que já não existe mas. As circunstâncias da vida nos afastaram das grandes reuniões em família.

Tenho saudade, acho estranho, não concordo mas me conformo pois, como tudo na vida, até o Natal já  não é o mesmo!

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