Detentos começam a fabricar pisos intertravados em Alcaçuz
Uma fábrica de blocos de concreto será instalada na Penitenciária de Alcaçuz, e os funcionários serão os próprios detentos do lugar, num projeto que envolve Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e a ONG ReforAMAR.
Uma fábrica de blocos de concreto será instalada na Penitenciária de Alcaçuz, e os funcionários serão os próprios detentos do lugar, num projeto que envolve Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e a ONG ReforAMAR.
Nesta semana, 41 apenados que estão sendo capacitados no curso de Produção e Instalação de Piso Intertravado, começaram a fase prática das atividades. A meta é produzir e instalar 35 mil blocos de concreto para a calçada e o estacionamento do estabelecimento prisional.
“Concluímos a teoria para as duas turmas e agora estamos na fase de produção de 700m² de blocos. A próxima etapa será a instalação desse material aqui mesmo no presídio”, disse o instrutor Barion de Oliveira. “Percebo um aproveitamento muito grande deles (detentos). São empolgados, dispostos e cooperativos. Cem por cento focados e proativos”.
Os internos utilizam maquinários e ferramentas na área destinada às oficinas produtivas do presídio. Todos foram selecionados a partir dos registros da Comissão Técnica de Classificação (CTC), sendo aptos ao estudo e ao trabalho, com histórico de excelente conduta carcerária.
Segundo o secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi, o trabalho no sistema prisional contribui para reduzir a reincidência criminal, favorecendo o retorno do privado de liberdade ao convívio social.
Para a presidente da ReforAMAR, a engenheira Fernanda Silmara, o projeto tem um impacto social positivo para toda a sociedade. “Desde 2018, reformamos casas de famílias em situação de vulnerabilidade social e é uma alegria agora poder ajudar essas pessoas a transformarem suas vidas por meio da educação e da capacitação profissional. A maior parte, inclusive, já atuou na construção civil, então também estamos ajudando a devolver mão de obra qualificada para o setor”, destaca.
O curso inclui aulas teóricas e práticas que contemplam desde noções básicas de edificação, passando pela seleção dos materiais até o processo de cura do concreto utilizado na produção dos blocos pré-moldados. As instruções são acompanhadas pelos policiais penais, responsáveis pela segurança da unidade.
Ramon Ribeiro - Agência Saiba Mais