Júnior Rebouças - Editor do canal RB Opinião

Minhas influências originárias de valores que carrego comigo até hoje, são meu pai e minha mãe. Sem eles teria ficado e morrido lá na rua Assis Brasil, no bairro das Quintas, em Natal.

Mas, meu influenciador, na adolescência, foi o meu irmão Dedé. Inteligente, carismático, namorador, benevolente, coração enorme. Após 'Seu' Pino morrer, ele foi nosso mantenedor e guia, por muitos anos.

Não consigo entender, nestes novos tempos, como a internet nos leva a ter os “influenciadores digitais”, pessoas que normalmente, não leram sequer, os clássicos da formação básica. Capitalistas ao extremo, com experiência em coisa nenhuma, e sem ao menos ter o domínio, mínimo, de nossa língua.

Transformam tudo, deseducam. Onde vale tudo, o momento é o que interessa. Não existe ideologia ou valores razoáveis. Vendem uma realidade de aparência e de lucro, onde o mundo real é de brincadeira. Milhões de seguidores que os veneram e veem suas bobagens como exemplo do nosso cotidiano.

E eu, um pouco mais adulto, apesar das disputas, com o meu irmão Marcos, que acertava mais questões no vestibular e sempre perdi para ele. Inteligentíssimo, bonitão, muito carismático, além dos seus valores rígidos, foi outro influenciador em minha vida. Até hoje, o tenho como guia.

Aí me dói, quando me deparo com uma pergunta como, como essa: "– Quantas curtidas você tem por postagem?"

As redes sociais e os influenciadores me envergonham!

Recorro, imediatamente à minha irmã Ceição. Outra que me influencia diariamente!