Anderson Régis – Fotojornalista

Recentemente, tomei um susto com o estado de minha saúde. Sentia umas dores fortes no peito e pensei que eram gases. A dor era tão forte que falei para meu pai que não estava me sentindo bem e que desejava ir ao hospital. Cheguei no local e, após diagnóstico, a médica que me atendeu, disse que suspeitava ser um infarto. Horas depois, após vários exames, remédios pela veia, fui liberado. Me senti aliviado por sair do hospital e retornar para casa, bem melhor.

Nessa noite não conseguia dormir, liguei a TV no Canal SporTV, que transmitia uma reportagem especial do caso de Serginho, ex-atleta do São Caetano, ocorrida há 19 anos, que morreu após sofrer uma parada cardíaca durante partida contra o São Paulo, no Morumbi, em 2004.

A abrupta morte do zagueiro Serginho em pleno gramado do Morumbi, no dia 27 de outubro de 2004 alarmou todas as esferas do Brasil. O atleta do São Caetano não jogava uma competição de várzea, mas sim uma partida de Série A, do Campeonato Brasileiro.

Os médicos faziam massagem cardíaca nele de sua parada cardiorrespiratória. Mesmo com todo apoio médico,em pleno estádio, nada disso bastou para salvar o jogador. A cena televisionada para todo o mundo, até hoje e me traz uma recordação muito ruim, como a determinação da CBF de mandar continuar os restantes finais da partida, mesmo sabendo que o jogador Serginho, havia morrido.

O atleta Jonas entrou no lugar de Serginho nos últimos minutos no final da partida, válida pela 38° rodada. O time do São Paulo venceu o jogo pelo placar de 4x0 contra o São Caetano.

A morte de Serginho levantou uma preocupação em torno dos diagnósticos de problemas cardíacos que podem afetar os jogadores profissionais.