5 de novembro, Dia Nacional da Cultura. O que foi programado para comemorar a data em São José de Mipibu?

novembro 4, 2022

Instituído em 15 de maio de 1970, a Lei nº 5.

Instituído em 15 de maio de 1970, a Lei nº 5.579 instituiu o Dia Nacional da Cultura, comemorado a 5 de novembro de cada ano. Não se sabe ( ainda não foi publicado) a programação que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de São José de Mipibu elaborou para lembrar a data.

Postaremos aqui, um dos eventos passado, como o XII Festival de Cultura Popular de São José de Mipibu, realizado no ano de 2014, em São José de Mipibu. O evento foi uma iniciativa do Ponto de Cultura da Associação Cajupiranga, em parceria com a  prefeitura Municipal  de São José de Mipibu/Secretaria Municipal de Cultura . O evento teve como objetivo manter viva essas importantes manifestações culturais que envolvem todas as tradições, lendas e crenças populares. Texto e fotos publicado pelo blog Daltro Emerenciano:

A apresentação do Grupo de Pastoril do Pau Brasil  abriu a noitada, fazendo o público reviver os bons tempos dos finais de ano em Mipibu.
Grupo de Dança da UFRN, na programação do XII Festival de Cultura Popular. Um espetáculo fantástico em plena praça pública.
O Grupo do Boi de Reis de Manimbu é composto por cerca de 20 participantes e envolve jovens da comunidade num trabalho de resgate da cultura popular. Os idosos da comunidade também participam passando seus ensinamentos para os jovens, promovendo encontro de gerações.
 Grupo do Boi de Reis da comunidade de Manimbu, em São José de Mipibu.
Sob as vozes de Dário SilveiraNilson Eloy, Maria PretaAmauri Freire, e o entusiasmo de todos que entraram na roda, a praça Mosenhor Paiva tremeu ao som do Pau-Furado.
Registro da presença de Seu Geraldo, o mestre rabequeiro do grupo, uma figura fantástica com quase 80 anos de idade que mantém o vigor de um menino na execução do instrumento de cordas.
O espetáculo do Boi de Reis de Maninbu  em plena praça pública, fez toda a diferença.
Diversos grupos culturais e folclóricos se apresentaram no XII Festival de Cultura Popular de São José de Mipibu. Ao centro, vemos Amauri Freire, da Associação Cultural Cajupiranga e a direita, a então secretária Municipal de Cultural, Kélia Serafim

Cultura brasileira

Ela é tão diversa que não se pode falar dela em apenas um dia. Apesar disso, essa data foi escolhida para festejos e manifestações culturais de norte a sul e de leste a oeste.   O Brasil é um país de formação multi-racial e por isso carrega um pouco do costume de cada povo que aqui veio morar. Dos negros, o candomblé, a capoeira, parte do vocabulário e muito do folclore. Dos índios, o artesanato, a pintura, comidas exóticas como o peixe na folha da bananeira e a rede. Do português, o costume religioso, a língua, as roupas.   Essa mistura toda não se deu de maneira pacífica, mas sim por meio da dominação cultural e da escravização de índios e negros. No entanto, características culturais de ambas etnias sobreviveram ao tempo e hoje compõe uma enorme riqueza cultural. Alguns estudiosos, como o escritor Sérgio Buarque de Holanda, acreditam que o fato de outras culturas permearem a cultura brasileira nos tornou “desterrados em nossa própria terra”. O movimento modernista da década de 20 mostrou a ideia de intelectuais que sentiam falta de um caráter estritamente nacional e que importava modelos socioculturais. O escritor Mário de Andrade construiu o personagem “Macunaíma” para retratar isso.

Folclore

O folclore brasileiro é recheado de lendas e mitos como o Saci-Pererê, um menino de uma perna só que mora na floresta, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo. Uma de suas travessuras mais comuns é emaranhar a crina dos cavalos de viajantes que acampam na floresta. Seu nome vem do tupi-guarani. Outras lendas como a da Mula-sem-cabeça, do Curupira, Iara Mãe D’Água, Boi Tatá, o Negrinho do Pastoreio e do Boto cor de rosa também são bastante conhecidas.

Música

A música estava presente no cotidiano do índio e do negro, relacionada tanto ao simples prazer quanto a rituais religiosos. As cantigas de roda infantis e as danças de quadrilhas são de origem francesa. Pela influência de vários povos e com a vinda de instrumentos estrangeiros (atabaques, violas, violão, reco-reco, cuíca e cavaquinho), inventamos o samba, o maracatu, o maxixe e o frevo. Inventamos também a moda de viola, que é a música do homem do interior, e o chorinho. Alguns movimentos musicais, como a Bossa Nova e a Tropicália, também foram importantes na formação musical brasileira.

Comida

Assim como em outras instâncias da nossa cultura, o índio, o negro e o branco fizeram essa miscelânea que é nossa tradição culinária. Aprendemos a fazer a farinha de mandioca com os índios e dela fazemos a tapioca, o beiju e também o mingau. A feijoada é fruto da adaptação do negro às condições adversas da escravidão, pois era feita com a sobra das carnes. O azeite de dendê também é uma grande contribuição africana à nossa culinária, pois com ele fazemos o acarajé e o abará. Os portugueses nos ensinaram técnicas de agricultura e de criação de animais. Deles, herdamos o costume de ingerir carne de boi e porco, além de aprendermos a fabricar doces, conservas, queijos, defumados e bebidas.

Cultura e Diversidade

O Brasil é um país cuja principal marca cultural é a mistura. Desde o começo de sua história, o país foi marcado pela presença de diferentes povos e culturas, fazendo com que sua formação tivesse grande diversidade e mistura. Aqui viviam povos indígenas, em tribos, com uma cultura guerreira, muito ligada à natureza; em 1500 chegaram os colonizadores portugueses, que trouxeram para cá a cultura europeia, com uma forte influência moura. O uso do negro africano como escravo na colônia, trouxe ainda novas crenças, falas e costumes, que aos poucos foram se misturando e integrando a cultura local. Posteriormente, com o fim da escravidão, diversos outros povos ainda vieram para o país, como italianos, japoneses e alemães, cada um acrescentando ao Brasil um novo detalhe cultural.

Com toda essa miscigenação de povos e culturas, não é de se estranhar que o Brasil tenha na sua língua, costumes, religião e manifestações culturais traços únicos, que podem se assemelhar a outras culturas do mundo, mas que sempre tem seus detalhes particulares.

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