Xadrez
Júnior Rebouças – Escritor O jogo dos reis ou o rei dos jogos? Através dos contatos com o continente asiático, a Europa difundiu, popularizando o xadrez mundo a fora.
Júnior Rebouças - Escritor
O jogo dos reis ou o rei dos jogos?
Através dos contatos com o continente asiático, a Europa difundiu, popularizando o xadrez mundo a fora.
Neste complexo jogo, os enxadristas afirmam, exige estratégia, projeção e evolução de peças em direção territorial no tabuleiro e em direção ao opositor.
Fala-se ainda o xadrez ser uma reprodução da sociedade medieval e atual devidamente hierarquizada, política, militar, religiosa e socialmente.
Análogo à época, as peças ligadas ao Poder Central são as que possuem maior mobilidade, são mais valoradas e como todas as outras, tem, em tese, um único objetivo proteger a manutenção do sistema, ou seja, o rei. Entretanto, peças comuns, em maior quantidade, a exemplo dos peões, possuem movimentos restritos e são as primeiras a serem sacrificadas, como é prática nestes tempos presente.
Nota-se aí uma sociedade muito rígida, vertical e socialmente estratificada e dividida. O xadrez com sua dinâmica, facilmente, nos leva para dias de hoje, como na política os peões continuam sendo sacrificados, subjugados, esquecidos, aniquilados... mesmo assim, continuam, alguns, alienados protegendo o poder central.
Os bispos ao lado de suas torres, os cavalos devidamente postados para batalha, a rainha imponente ainda se articulando no tabuleiro político dando as últimas ordens antes de uma nova e democrática partida começar e o rei, absurdamente, continua sendo defendido por vassalos golpistas mal articulados.
Do rei, a ser deposto, que mantém silêncio em seu posto, depende a sobrevivência de uns poucos peões toscos e desinformados.
Abaixo o rei!