Projeto Kilombo N’ganga promove capoeira e cultura em Nísia Floresta
Em Nísia Floresta, o projeto Kilombo N’ganga, idealizado pela professora de Capoeira Angola e multiartista Juliana Iyafemi, está transformando vidas através da capoeira, dança afro, agricultura familiar e hip-hop.
Em Nísia Floresta, o projeto Kilombo N’ganga, idealizado pela professora de Capoeira Angola e multiartista Juliana Iyafemi, está transformando vidas através da capoeira, dança afro, agricultura familiar e hip-hop. O projeto oferece uma variedade de atividades, incluindo aulas de capoeira para crianças e adultos, bem como atividades voltadas para mães com bebês, além de destacar a abordagem multidisciplinar, incorporando dança afro e agricultura familiar.
“Minha intenção era criar um espaço onde diferentes aspectos da cultura e da inclusão pudessem se encontrar. A capoeira Angola, por exemplo, é mais do que um esporte para mim, é uma manifestação cultural e uma ferramenta educacional”, afirma Juliana.
Juliana Iyafemi, que tem raízes em Minas Gerais e passou por diversas regiões do Brasil, decidiu expandir suas atividades ao retornar à Nísia Floresta. “Quando voltei para cá, percebi que poderia dar continuidade ao trabalho que já fazia em Minas e na Bahia. A capoeira sempre foi uma paixão, e agora tenho a oportunidade de integrá-la com outras práticas culturais e sociais,” explica Juliana.
Localizado em frente à sua residência, o kilombo realiza ainda eventos na feira do Alecrim aos sábados, que reúne rodas de capoeira e samba. Juliana ressalta, “Queremos que o Kombo seja um ponto de encontro para a cultura e a inclusão. Além disso, nosso projeto discute temas como o racismo e a inclusão de pessoas LGBTQIA+ e com deficiência.”
O Kilombo N’ganga é caracterizado por sua diversidade e engajamento em questões sociais, apesar de não se configurar como um quilombo tradicional. Assim, Juliana explica que o uso da palavra Kilombro com a letra K enfatiza o caráter cultural e político, ao contrário do Quilombo escrito com Q, que se refere a um espaço específico e histórico.
Atualmente, o projeto conta com cerca de 20 participantes e busca expandir suas atividades com apoio financeiro. “Investimos muito do nosso próprio dinheiro até agora, mas estamos em busca de apoio público para continuar a expandir e acolher mais artistas e membros da comunidade,” revela Juliana.
O futuro do Kilombo N’ganga inclui a ampliação de suas atividades culturais e sociais. “Queremos manter o espaço ativo e relevante, promovendo uma comunidade mais inclusiva e solidária. Esse projeto é a culminância de muitas experiências que tive ao longo dos anos, e estou animada para ver onde ele nos levará”, conclui.
Fonte: Agora RN