POUCAS & BOAS

fevereiro 21, 2021

Valério Mesquita (mesquita.

Valério Mesquita (mesquita.valerio@gmail.com)

01) Paulinho Cavalcante, filho do saudoso Raimundo Barros Cavalcante, ex-tabelião público. Herdou do seu pai toda a verve, a irreverência e o repente. Logo quando inauguraram o Natal Shopping, promoveram eventos diversos no seu interior. Dessa vez, armaram tendas para a comercialização da arte cigana e demonstração da sua cultura. Certa tarde, Paulinho foi abordado por um cigano que pediu para ler a sua mão. Prestando atenção aos trejeitos do “artista”, Paulinho contra-argumentou: “Primeiro, deixe eu ler a sua mão!”. O dócil cigano consentiu. Fitando sério o consulente, Paulinho foi científico: “Você tem pai e mãe. O que os olhos vêem a mão carrega. Tem o corpo fechado pra bala e pra falas. Mas tem o c... aberto para r... e p...”. Não precisa falar da reação do cigano. Retirou bruscamente a mão e saiu rebolando e rogando praga ao aprendiz de quiromante. 

02) Com reconhecido sucesso e escritor e poeta Diógenes da Cunha Lima lançou o “O Livro das Respostas”, evidentemente respondendo ao “Libro de las Preguntas”, do imensurável e falecido poeta Plabo Neruda. Trabalho erudito e de fôlego do presidente de nossa Academia de Letras. Registro de lado, vamos ao fato. O conselheiro do Tribunal de Contas Haroldo Bezerra encontra-se com o escritor e poeta Paulo de Tarso Correia Neto. Conversa vai, conversa vem, Haroldo assume um ar de seriedade e comunica que o espírito de Pablo Neruda está baixando em diversos centros espíritas da cidade. O crédulo Paulinho, entre espantado e curioso, arregala os olhos por trás do seu grosso equipamento facial para indagar: “Haroldo não me diga! E o seu espírito chegou a transmitir alguma mensagem?”. Haroldo, ainda grave como se estivesse relatando um processo de prestação de contas da prefeitura de Goianinha, retruca: “A mensagem repetida nos quatros cantos da capital é a seguinte: Diga a Diógenes que deixe de me dar tantas respostas e não seja tão respondão!”. 

03) Dez dos treze vereadores da Câmara Municipal de Macaíba estavam reunidos para discutir a eleição da mesa diretora. Dada a palavra a cada um dos edis, que deveriam opinar sobre os presidenciáveis. Na vez do vereador Elias dos Santos, deficiente visual, este procurou resumir assim o seu pensamento: “Não desejo me alongar. Posso resumir em quatro letras o meu candidato. É CHICO (Francisco Pereira dos Santos)”. Houve um silêncio, só quebrado quando o prefeito Luizinho contestou: “Vereador..  CHICO são cinco letras!!”. Em cima da bucha Elias remendou: “O meu CHICO e com X”. E soletrou: "X-I-C-O." 

04)  Na Paraíba, o ex-governador Wilson Braga maquinava uma reaproximação com o então governador Ronaldo Cunha Lima. Ligou-lhe pedindo inicialmente uma conversa reservada, fora das vistas dos curiosos e fofoqueiros. Perguntou a Ronaldo se em Campina Grande havia um lugar assim, sem que pudessem ser vistos. Resposta de Ronaldo: “Tem sim. O Instituto dos Cegos”.

 

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