Líder dos ”300 do Brasil”, Sara Winter é presa pela PF em Brasília
Líder do movimento “300 do Brasil”, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, a ativista de extrema-direita Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15/6).
Líder do movimento "300 do Brasil", de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, a ativista de extrema-direita Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15/6).
Sara é alvo do inquérito das fake news, que está no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura ameaças, ofensas e informações falsas contra os ministros da suprema Corte. Mas o Correio apurou que a prisão foi no âmbito do inquérito que investiga manifestações antidemocráticas, aberto em abril deste ano a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os "300 do Brasil"
Sara lídera um grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro, chamado de "300 do Brasil". Os integrantes estavam acampados, até a manhã do último sábado (13/6), na Esplanada dos Ministérios, mas foram retirados do local pela Polícia Militar do Distrito Federal e o DF Legal (antiga Agefis).
À tarde, ela e um grupo de cerca de 20 pessoas tentaram invadir as áreas restritas do Congresso Nacional, ultrapassando a estrutura que cercava e subindo na parte externa do prédio, onde ficam as gôndolas, próximo às cúpulas do Congresso, mas foram barrados pela Polícia Legislativa.
À noite, os integrantes do movimento voltaram a reagir e apontaram fogos de artifício para o STF e gravaram vídeos para distribuir nas redes sociais com ataques aos ministros e ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Um dos envolvidos acabou sendo preso pela Polícia Civil do DF nesse domingo (14/6). Renan Silva Sena, de 57 anos, assinou um termo circunstanciado de ocorrência, prestou depoimento e foi solto.
O bolsonarista é o mesmo que, em maio, hostilizou e agrediu verbalmente enfermeiras que participavam de em um protesto pacífico e silencioso na Praça dos Três Poderes em homenagem aos profissionais de saúde que se arriscam no trabalho para salvar vidas de pacientes com covid-19.
Outra manifestação
Em 30 de maio, eles chegaram a fazer um protesto em frente em frente ao STF e utilizaram tochas e máscaras. A imagem lembrou muitos ações do Ku Klux Klan (KKK), organização racista originada nos Estados Unidos que fala em supremacia branca e já cometeu diversos atos violentos contra negros.
Na ocasião, o grupo que foi protestar em frente ao STF gritava "careca togado, Alexandre descarado", "ministro, covarde, queremos liberdade", "viemos cobrar, o STF não vai nos calar"e "inconstitucional, Alexandre imoral", sempre como gritos de guerra guiados por Sara Winter. (Transcrito do Correio Brasiliense)