UM OLHAR QUE NÃO SAI DA ALMA Olhares na Cidade do Sol – Capítulo 01

julho 6, 2025

Josmar Noronha – Gestor de Recursos Humanos e Técnico Agrícola Era fim de tarde em Natal.

Fim de tarde no Rio Potengi - Natal - Foto: Tripadvisor

Josmar Noronha - Gestor de Recursos Humanos e Técnico Agrícola

Era fim de tarde em Natal. A luz dourada se derramava pelas fachadas antigas do centro, enquanto a cidade pulsava com seu ritmo cotidiano. No meio da pressa dos que voltavam para casa, ele caminhava devagar, sem rumo certo, apenas deixando-se levar pela brisa leve que soprava da Ribeira.

Foi ali, em meio ao burburinho da Avenida Rio Branco, que aconteceu: um cruzar de olhares. Entre tantas pessoas anônimas, um rosto se destacou — e nele, um par de olhos impossíveis de ignorar. Firmes, intensos. Uma presença serena. A barba, bem feita, cuidadosamente desenhada, dava ao seu rosto um ar de elegância serena e irresistível.

Naquele instante, o tempo parou. Não houve palavras, nem sorrisos — só o silêncio de um olhar que dizia tudo sem dizer nada. O coração acelerou. Mas era apenas um encontro de passagem, um breve momento em que o destino sussurra sem prometer.

Cinco dias se passaram.

Naquela tarde abafada, o rapaz voltou ao centro, como quem tenta se perder para se encontrar. Parou diante de uma banca de revistas na Rua Princesa Isabel, distraído entre capas e manchetes, mergulhado em pensamentos soltos. Até que, ao virar o rosto, o destino resolveu falar mais alto.

Fotos Ilustrativas

Era ele.

Os mesmos olhos. A mesma barba bem feita. A mesma presença que ficara gravada em sua memória desde aquele primeiro instante.

Dessa vez, o silêncio não teve vez. Um passo adiante, um sorriso tímido, e as palavras finalmente encontraram caminho. A aproximação foi natural, como se o universo tivesse esperado aquele segundo encontro para enfim dar início a algo que já estava escrito.

E ali começou uma história. Um amor de verdade, daqueles que o tempo não apaga.

O resto... o resto fica guardado, à espera da coragem de ser contado. Porque há memórias que moram tão fundo no coração, que só podem ser ditas quando a alma estiver pronta para reviver o que nunca deixou de sentir.

"Há memórias que moram tão fundo no coração, que só podem ser ditas quando a alma estiver pronta"

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