Arcelino Fernandes - É advogado

Precisaremos mais uma vez falar sobre uma luta que não está sempre presente em nossos dias e não pode ser ignorada: o combate ao racismo e ao preconceito. Infelizmente, até mesmo talentos como o jogador de futebol Vinícius Júnior enfrentam diariamente esse mal que assombra nossa sociedade.

Vinícius Júnior, um jovem excepcional, brilhante nos gramados, sempre enfrenta manifestações abertas de ódio racista como a que ocorreu, no domingo (21) numa partida pelo campeonato espanhol, entre o Valencia e o Real Madri, seu clube, durante a qual torcedores começaram a chamar o atleta de macaco. A partida foi interrompida, mas continuou, depois de alguns minutos, decisão que consideramos absurda. No final, desentendimentos entre jogadores dos dois clubes culminaram com a expulsão do próprio Vinicius Júnior. É importante lembrar que Vinícius é apenas um exemplo, entre tantos outros que sofrem com essa realidade cruel.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948, pela Organização das Nações Unidas, é um marco histórico que estabelece os princípios fundamentais que devem orientar as relações entre as pessoas, de modo que todos os seres humanos desfrutem de dignidade e respeito de seus semelhantes, independentemente de sua cor de pele, origem étnica ou qualquer outra característica. O documento reconhece explicitamente a igualdade entre todos os indivíduos e proíbe a discriminação racial em todas as suas formas. O racismo é uma clara violação dos direitos humanos, pois nega a dignidade e como valor inerente a todas as pessoas, além de prejudicar a liberdade e a igualdade de oportunidades.

Para combater o racismo, é essencial que todos os países e governos se comprometam a respeitar e proteger os direitos humanos, implementando políticas e leis que promovam a igualdade racial, a inclusão e a justiça sociais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos nos faz lembrar que a luta contra o racismo é uma luta universal pela dignidade e pelos direitos de todos os seres humanos, e é nosso dever coletivo garantir que esses direitos sejam respeitados em todos os cantos do mundo.