Eduardo Alcântara

Ele era um centro-avante alto, magro e um exímio finalizador dentro da área.

Começou no ano de 70 quando jogou pelo Bangu, América de Natal, ABC, Botafogo de Ribeirão Preto, Rio Negro de Manaus, etc. Era bem rodado!

Conta a lenda que ele, numa tarde de sexta-feira estava com outros trabalhadores pintando um muro no estádio do Bangu. O time ia treinar para um amistoso no domingo próximo e na hora do treino faltou um jogador para completar os 22 para o apronto.

O técnico do clube vendo os trabalhadores perguntou se algum deles jogava bola. Os colegas apontaram o Jorge que a principio não quis ir com medo de pegar a conta, pois o encarregado da obra era casca-grossa.

Nisso o presidente do Clube, Castor de Andrade, chega no encarregado, mostrou sem querer querendo o seu 38 na cintura e mandou o negão jogar e que se responsabilizaria por tudo.

O técnico perguntou em que posição ele gostava de jogar e Jorge respondeu que era de "artilheiro". Todos riram, Jorge entrou, demoliu a defesa fazendo três gols no treino.

Pronto. O Brasil perdeu um pintor e ganhou um centro-avante matador! O nome Demolidor deveu-se a um herói das revistas em quadrinhos famosas à época.

Jorge faleceu em Natal, em 2015.