A todas nós, mães ditas especiais
Maria José Pacheco – Professora e mãe de uma criança especial Coisas que você não sabe sobre mães de crianças especiais : Não somos fortes como todos imaginam.
Maria José Pacheco - Professora e mãe de uma criança especial
Coisas que você não sabe sobre mães de crianças especiais :
Não somos fortes como todos imaginam. Apenas não nos resta outra opção. A solidão é uma grande companhia. Muitas vezes nos sentimos incompreendidas e um peixe fora d’água. E não há nada que mude isso.
Nos sentimos frequentemente cansadas, com exaustão acima de tudo, mental. Temos preocupações simples 24h por dia, que a maioria das mães não tem.
Nosso filho não é um pesar, um estorvo, ou um fardo. Lidar com a sociedade em relação às diferenças é que são.
Damos valor a coisas tão pequenas, que podemos sentir o sabor da alegria muito mais do que o normal!
Não temos “nojinho”. Baba, fluidos e coisas escatológicas, fazem parte da nossa vida.
Rótulos como “Guerreira”, “Abençoada” e “Especial”, muitas vezes podem nos incomodar, pois nos dá a sensação de que não podemos reclamar, sofrer, chorar. Somos somente humanas, como qualquer outra mulher.
Aprendemos a não comparar problemas. Descobrimos na prática, que cada um tem a sua dor, e que ela é imensurável, única, intransferível, e não há régua para medir.
Responder a perguntas sobre a patologia de meu filho, não é problema, é solução. Temos a missão de informar.
O medo nos ronda. Sempre. Mas aprendemos a viver com ele.
Sentimos muitas dores físicas e musculares. Fazemos esforços sobrenaturais para conduzir crianças grandes com o controle motor de bebê.
Hospital é um lugar comum para a gente. E por mais que tenhamos intimidade com o ambiente, ainda é um lugar de desconforto.
Apesar das muitas dificuldades, nos sentimos privilegiadas em conhecer o verdadeiro amor, altruísta e genuíno que só essas crianças tem a oferecer. Somos mais felizes do que pensam