OS BOLOS FUNERÁRIOS DE VOLONTÉ
Franklin Jorge – Jornalista e Escritor O velório de Volonté foi, no gênero, um evento dos mais divertidos e cheios de vida de quantos tenho comparecido nessa Província cada vez mais desprovida de valores humanos.
Franklin Jorge - Jornalista e Escritor
O velório de Volonté foi, no gênero, um evento dos mais divertidos e cheios de vida de quantos tenho comparecido nessa Província cada vez mais desprovida de valores humanos.
Reunimo-nos, um pequeno grupo de amigos seus em uma pequena sala onde pudemos lembrá-lo, tomando café e, em algum momento, compartilhando seus bolos funerários.
Há muito não me divertia tanto, além de rever amigos e ex-companheiros de trabalho, como Giovanni Sérgio, que me pediu escrevesse algumas linhas evocando esse andarilho do bem que, por um bom lapso de tempo, povoou o cenário cultural da nossa cidade com os seus silêncios gentis.
Tive-o como personagem de meu livro Lua Elétrica, para o qual colaborou como uma espécie de Virgílio, ao guiar-me em uma descida abissal ao Underground Natalense que ele conhecia em extensão e profundidade.
Também colaborou comigo pesquisando em arquivos assuntos de meu interesse, sem nenhum outra intenção além de servir-me prestimosamente, como bom Samaritano que era, sem alarde e sem botar banca...
Creio que ele teria gostado de participar da nossa roda tomando, mais uma vez, um café.