Golpistas planejavam raptar Lula e fizeram dossiê sobre armamento de seguranças
Informações recuperadas de arquivos eletrônicos que estavam em posse do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, mostram detalhes do planejamento do golpe de Estado que previa o rapto de Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Informações recuperadas de arquivos eletrônicos que estavam em posse do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, mostram detalhes do planejamento do golpe de Estado que previa o rapto de Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
As informações foram divulgadas por Thais Bilenky e José Roberto de Toledo no portal Uol nesta sexta-feira (8) e foram baseadas nas novas informações obtidas pela Polícia Federal (PF) após a recuperação dos arquivos deletados por Cid por meio de um software israelense.
A descoberta fez com que os investigadores ouvissem novas testemunhas, entre elas o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e o general Nilton Diniz Rodrigues, que na época era coronel e se formou nas Forças Especiais do Exército – os chamados Kids Pretos, que participaram ativamente do golpe.
As novas informações mostram que os golpistas prepararam um dossiê detalhado com informações sobre a rotina de Lula, além de nomes e até armamentos dos seguranças do presidente, que tomou posse em 1º de janeiro de 2023.
“O planejamento do golpe previa, portanto, a abordagem e captura de Lula e de Moraes pelos golpistas”, diz a reportagem do Uol, que teve acesso às informações.
A PF acredita que pelas informações levantadas havia, por parte dos golpistas, a previsão de um possível confronto armado com os seguranças de Lula e Moraes.
O ministro do STF teria autorizado a PF a prorrogar as investigações por mais 60 dias diante das novas evidências. Assim, o indiciamento de Bolsonaro e da organização criminosa golpista, previsto para este mês de novembro, só deve acontecer no início de 2025.
Fonte: Revista Fórum