Como e quando fiquei velho

setembro 8, 2024

Júnior Rebouças – Comunicador e Escritor E num piscar de olhos, de repente, virei velho.

Júnior Rebouças - Comunicador e Escritor

E num piscar de olhos, de repente, virei velho. E como um senhor “simpático enjoado” que sou, sem querer me indispor com ninguém, prefiro, viver sozinho, lidando com as teclas do notebook, que nunca reclamam de minhas esquisitices e bizarrices. Além de concordar, com todas as bobagens que escrevo... e ainda lembra depois...

Logo após e por conta da pandemia, comecei a me sentir incomodado com determinadas situações, no trabalho e, principalmente ,na minha vida pessoal.

Até em algumas comemorações, eu diria... universais, que sempre foram consenso, Natal, Ano-Novo, Carnaval, festas juninas... já não me chamavam mais atenção.

Iniciei voluntariamente um processo gradual de isolamento. 

Me sobraram o trabalho na comunicação e os rabiscos. Sempre gostei de estar e trabalhar ao lado de gente, e nessa área é necessário um investimento razoável, que com recursos próprios, sem apoio político ou de ideologia de nenhuma vertente, conseguimos, até hoje. Ainda não sei como foi possível, manter equipamentos e uma estrutura de comunicação por saudosos dois anos.

Hoje, vivo modestamente, sozinho, relativamente tranquilo, se bem que a solidão as vezes incomoda um pouco. Mas foi por opção. Apenas contatos pessoais com meus irmãos, no restante, as redes sociais se encarregam... 

Mas ainda ando pelo "morre em pé", converso um pouco no "morre sentado", e o café da tarde para me atualizar das últimas notícias.

Tenho sido cobrado, principalmente agora, que começou a propaganda eleitoral, por uma participação mais efetiva e orgânica neste processo de eleição.

Mesmo sabendo do perigo no avanço da extrema-direita raivosa e do fascismo no Brasil e o risco que nossa democracia corre, não tenho mais energia para, diariamente, disputar ideias e argumentos com as novas gerações de alienados de toda ordem, e pior: não raras as vezes, violentos.

Além do que, as forças que compõe política e administrativamente o governo central, parecem mais com o “samba do crioulo doido”, de Sérgio Porto. Tão grande é a balbúrdia e disparidade nas ideias e práticas.

Portanto, enquanto isso e o juízo deixar, vou me permitindo nas bobagens de meu escreveio...

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