Maria da Conceição Torres Pereira - Psicóloga Clinica  CRP – 17/5290

Distorções cognitivas são formas distorcidas de pensamentos que a pessoa apresenta ao interpretar determinadas situações do dia a dia, com consequências negativas para sua vida, causando sofrimento desnecessário. São padrões de pensamentos enviesados e irrealistas que tendemos a ter. Ocorrem de forma automática e influenciam a maneira como percebemos e interpretamos informações do mundo ao nosso redor.

As distorções cognitivas são consideradas como erros de processamento da informação, pois não correspondem necessariamente à realidade objetiva. Elas podem surgir devido a vieses cognitivos, experiências passadas, crenças limitantes, traumas ou outras influências.  Alguns exemplos comuns de distorções cognitivas incluem:

Leitura mental: presumir que sabemos o que as outras pessoas estão pensando ou sentindo, sem evidências concretas.

Generalização excessiva: tirar conclusões negativas generalizadas com base em uma única ocorrência ou evidência limitada.

Catastrofização: exagerar a importância ou as consequências de um evento negativo, antecipando o pior cenário possível.

Personalização: atribuir a si mesmo a responsabilidade por eventos externos ou culpar-se por coisas que estão além do seu controle.

Essas distorções cognitivas podem afetar negativamente nossa percepção de nós mesmos, dos outros e do mundo, contribuindo para problemas como ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades interpessoais. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um dos enfoques terapêuticos utilizados para ajudar as pessoas a identificar e desafiar essas distorções, promovendo uma visão mais equilibrada e realista.