Nadja Lira – Jornalista • Pedagoga • Filósofa

O mês de julho é considerado muito especial para todos os católicos, porque é o mês no qual comemoramos o aniversário de Santana, a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus Cristo. A data é comemorada com festa em várias partes do mundo, mas a maior de todas as comemorações é, sem sombra de dúvidas, no Paraíso, lugar onde ela vive cercada de anjos e de onde olha de forma especial, por todos os netinhos que deixou aqui na Terra.

No mês de julho Deus – o Pai Supremo e Todo Poderoso, decidiu organizar uma grande festa em homenagem à Santana. Ele queria uma festa bastante especial, de forma que ficasse marcada no HD da memória de cada ser habitante do paraíso.

Para isto, ele reuniu todos os Santos, Anjos, Arcanjos e demais Seres Celestiais e pediu, que cada um desse o melhor de si, para que a festa fosse inesquecível.

Os anjinhos, então, trataram de lustrar e afinar todos os instrumentos musicais do Paraíso, de modo que Cítaras, Harpas e Violinos ficaram brilhando. Enquanto isso, os Arcanjos cuidaram de retornar a pintura do céu e das nuvens, bem como da decoração de todo o Paraíso.

Assim, o céu que já é azul, ficou ainda mais azul e as nuvens, que já são brancas, ficaram ainda mais brancas. Afinal, no céu é onde pode-se encontrar o que há de melhor em termos de produtos especiais, capazes de tornar tudo mais bonito e mais brilhoso. Deus também pediu, que todos dessem uma atenção particular aos Jardins do Paraíso.

Ele queria que a variedade de flores existentes nos jardins desabrochasse, deixando que o perfume delas invadisse todos os recantos do Paraíso. Mais cores nas flores, nos pássaros e nas borboletas. Foi a ordem de Deus, e assim foi feito. Todos trabalhavam de forma incansável, a fim de que a festa fosse perfeita.

Uma atenção especial também foi dada ao Salão de Festas, já que ali só entram pessoas especiais, em ocasiões raríssimas. Participar de uma festa nos salões do Paraíso não é para qualquer um. Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Porém, como se trata de comemorar o aniversário de Santana, Deus ordenou que tudo fosse preparado com esmero. Então, o piso foi encerado com um produto especial e todos os lustres foram limpos. A luz que emana deles, de tão forte, chegava a doer nos olhos, caso algum humano pudesse vê-la.

Todos os Seres Divinos envolvidos na organização daquela festa, trabalhavam com muito empenho e alegria, quando de repente alguém perguntou: “O que será servido no jantar? ” Rindo, um dos anjos respondeu: ” O de sempre – Manjar dos Deuses, Ambrosia e Néctar das Flores”.

Deus ouviu a referência sobre o cardápio, sorriu e com profunda paciência explicou: “Esta festa é especial por se tratar do aniversário de Santana, mas este ano vamos receber alguém muito especial e, portanto, tudo nesta festa precisa estar perfeito. Então, o jantar precisa ter um prato especial para a entrada”. Disse o Senhor, acrescentando que precisava de uma sugestão. Os Seres Celestial não conseguiam conter sua curiosidade e perguntaram: “Quem é o convidado especial, Senhor? ” E Ele respondeu: Nossa convidada para a festa de Santana é alguém a quem eu estimo de forma singular: Marliete da Silva Cabral Angelo.

Os Anjos, Arcanjos e demais Seres Celestiais ficaram sem voz. Até que um deles quebrou o silêncio perguntando: “O Senhor vai mesmo trazê-la para a festa? Já está na hora? “ Tenho certeza de que a família e os amigos dela vão sofrer muito. Disse outro”. Mas o Senhor tranquilizou a todos afirmando que estava na hora de Marliete voltar ao seu lar, porque ela havia cumprido muito bem a missão que lhe Ele lhe havia confiado.

Foi então, que um anjinho lá atrás levantou a mão e disse: “Não podemos esquecer que ninguém faz uma sopa mais saborosa do que Marliete”. E outro completou: Esqueceu o Feijão de Corda? Não existe pessoa tão talentosa para cozinhar um Feijão de Corda. Deus apenas sorriu e concordou com tudo. Assim, ficou decidido, que o prato de entrada para o jantar em homenagem à Santana, seria uma deliciosa sopa a qual seria preparada por Marliete. O Feijão de Corda ficaria para outra ocasião. E antes de sair do ambiente, Deus ainda ordenou que escolhessem a prataria mais fina que existia no Paraíso, para ser usado naquele jantar.

À noite, quando Marliete chegou, estava elegantemente vestida. Parecia uma rainha conduzida pelo seu amado esposo, Joãozinho, que por conhecer muito bem o lugar, a levava com tranquilidade. Quando ela entrou naquele recinto, a Orquestra do Céu começou a tocar os Rocks que ela mais gostava.

Um pouco adiante, via-se Santana, Nossa Senhora, Jesus Cristo, que sorriam e acenavam para o casal, enquanto vinham ao seu encontro, para recebe-los. Eu tentava encontrar o melhor ângulo para fazer uma bela fotografia. Mas o chão estava escorregando demais. Eu me desequilibrei e como a queda, despertei do sonho, perdendo a oportunidade de participar de uma festa no céu.