Izabella Lorrayne 

Era só mais uma noite comum de jogo numa sexta-feira. Eu nem estava tão interessada assim — fui mais pela brisa e pelos lanches do que por qualquer coisa que estivesse acontecendo no campo. Escolhi uma fileira pouco movimentada, tirei as sandálias e me acomodei com um Gatorade e um pretzel macio.

Mais ou menos na metade do segundo quarto, notei um garotinho alguns assentos à minha frente. Devia ter uns quatro ou cinco anos. Nenhum adulto por perto. Ele estava em pé no banco, tentando enxergar por cima da grade, segurando um dedo de espuma maior que a própria cabeça. Uma gracinha — mas claramente sozinho.

Pensei que algum dos pais tivesse ido ao banheiro ou até à lanchonete. Fiquei olhando em volta, esperando que alguém voltasse.

Mas ninguém voltou.

Eventualmente, o menino veio até mim por conta própria e se sentou. Não disse uma palavra — apenas se encostou em mim como se me conhecesse a vida toda. E, para ser sincera… eu deixei. Ele estava quentinho, cansado e cheirava a protetor solar e nachos. Poucos minutos depois, estava apagado, dormindo profundamente no meu peito, roncando baixinho.

Foi aí que comecei a ficar nervosa.

Olhei em volta mais uma vez. Nada. Nenhum responsável. Chamei discretamente um dos seguranças, tentando não acordar o garotinho. Ela se aproximou, agachou-se e perguntou se eu o conhecia.

Quando respondi que não, o rosto dela mudou na hora. Ela acionou alguém pelo rádio imediatamente.

Enquanto esperávamos, ela sussurrou:

“Talvez esse seja o menino sobre o qual recebemos uma ligação mais cedo.” E naquele momento… meu coração afundou https://bit.ly/4efITou