VOLONTÉ PARTIU PARA AS ESTRELAS
Roberto Patriota – Jornalista e escritor Conheci o poeta Volonté, nas noites festivas da Praia dos Artistas, no final da década de 1970.
Roberto Patriota - Jornalista e escritor
Conheci o poeta Volonté, nas noites festivas da Praia dos Artistas, no final da década de 1970.
Certa noite estava com amigos em um bar, Volonté chegou, sentou-se a mesa bebeu umas duas cervejas, degustou uns petiscos, trocou uma ideia, levantou-se e se foi. Volonté era assim, simplesmente surgia como por encanto e partia sem aviso prévio.
Poeta festejado por uma legião de amigos e admiradores, sempre presente nos eventos literários da província, nos bares, nas rodas de intelectuais e redações de jornais. Lembro dele com muita frequência na redação do extinto e centenário jornal A República, durante a década de 1980. Era amigo do meu primo Nelson Patriota, com quem confabulava frequentemente sobre literatura, arte e poesia.
Recentemente, me encontrei com ele em um shopping de Natal, conversamos por alguns minutos. Prometeu ir ao lançamento do meu livro “Memórias da Vila Praieira”, ocorrido em setembro passado.
Volonté foi e continuará sendo uma figura emblemática de uma Natal boêmia e alegre. Soube da sua prematura partida, ocasionada em consequência de uma queda. Imagino que encontra-se no “céu dos poetas” trocando ideias com Nelson Patriota e tantos outros intelectuais que já partiram para brilhar junto com as estrelas.