Vinho potiguar

fevereiro 2, 2025

Vinícola Casa 7 Evas, em São José do Mipibu / Foto: Reprodução – Instagram Anísio Marinho Neto – É professor e procurador de Justiça Apreciar os vinhos, principalmente os tintos e rosados, é uma grande experiência na vida.

Vinícola Casa 7 Evas, em São José do Mipibu / Foto: Reprodução - Instagram

Anísio Marinho Neto - É professor e procurador de Justiça

Apreciar os vinhos, principalmente os tintos e rosados, é uma grande experiência na vida. O grande tribuno Cícero afirmou: “Os vinhos são como os homens, com o tempo os maus azedam e os bons apuram”.

Igualmente, a roda e o fogo não se podem precisar o local e a época em que o vinho foi feito pela primeira vez. Os arqueólogos aceitam o acúmulo de sementes de uva como um vestígio da elaboração de vinhos. Escavações na Turquia e na Síria revelaram sementes de uva em cerca de 8.000 a.C. As mais antigas sementes de uva cultivadas, porém, foram descobertas na região do Cáucaso (na Geórgia) e datam de 7.000 a 5.000 a.C.

Há inúmeras lendas sobre o vinho. Uma delas está no Velho Testamento, mais precisamente no Capítulo 9 de Gênesis, com o relato de que Noé, após ter desembarcado com animais, plantou um vinhedo, fez vinho, bebeu e se embriagou. Existem outras histórias nas civilizações persa, babilônica e hitita, mas foram os egípcios os primeiros a registrá-las.

Na tumba de Tutancâmon (1.371 a 1.352 a.C.) foram encontradas 36 ânforas de vinho, algumas com inscrições de safra e os dizeres “muito boa qualidade”. Na mitologia grega, Dionísio (mais tarde Baco para os Romanos) ou Líber, era o Deus do Vinho. Além disso, Homero cita-o na Ilíada, e Hipócrates fez várias observações sobre suas propriedades medicinais.

O Código de Hamurabi, tido como um dos primeiros códigos de leis traz alguns tópicos relacionados aos “donos de tabernas”. No Império Romano o vinho surge como “indústria”. Seu aprimoramento e desenvolvimento, durante a Idade Média, estiveram nas mãos da Igreja, graças ao seu simbolismo na liturgia católica.

Hodiernamente os vinhedos estão espalhados por praticamente todos os lugares do mundo e muitos são da melhor qualidade. E mais recentemente, soube que nosso Rio Grande do Norte deu um passo significativo para ingressar no mercado de produção de vinhos a partir de sua primeira vinícola conforme os padrões exigidos para registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Trata-se da Vinícola Casa 7 Evas, que será edificada em uma propriedade rural no município de São José do Mipibu, distante 38 km da nossa querida Natal. O projeto inova com a ideia de plantação de uvas, transformando o local em um atrativo turístico com uma adega para oferecer experiências, inclusive na área de cultivo, na qual os apreciadores poderão degustar o vinho embaixo das parreiras, e conhecer o processo de produção na vinícola.

O Rio Grande do Norte até então possuía uma área de plantação de uvas da ordem de 20 hectares, sendo a maior parte dedicada para o cultivo de uvas de mesa do tipo Vitória, porém essa será a primeira produção com as variedades Malbec e Syrah.

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