Georgia Nery- Jornalista - Trabalhou na TV Ponta Negra - SBT

Os domingos na casa da minha avó tinham a trilha sonora do SBT. Nas primeiras horas do dia, ela ligava o aparelho de TV. Era um equipamento daqueles antigos, de caixa, antena e cheio de botões.

Acompanhávamos toda programação do Sistema Brasileiro de Televisão. Horas assistia sentada no sofá, deitada no chão ou até durante a refeição na mesa. A televisão era estrategicamente posicionada para ver de vários cômodos. Eu não me cansava daquilo!

Assim surgiu o meu gosto pela comunicação. Depois foram mais de 15 anos trabalhando na afiliada do SBT no Rio Grande do Norte.

Silvio Santos era como um parente que se fazia presente mesmo distante. Dominava a arte de prender nossa atenção o dia inteiro. Quem não se emocionou com a Porta da Esperança? Teve crises de riso com as pegadinhas; acelerou o coração com as brincadeiras inusitadas; completou a letra das músicas com as colegas do auditório; ou até sonhou com o aviãozinho do quadro quem quer dinheiro. Quem nunca?

Agora sentimos a ausência de quem em vida já era visto como lenda. Um reconhecimento para poucos… Que seu legado continue inspirando os comunicadores das próximas geração. Obrigada por nos salvar dos dias sem graça e por ter sido a voz da esperança para os brasileiros. Descanse em paz, Silvio Santos!