O livro ‘A Civilização do Espetáculo’
Gutenberg Costa – Jornalista e Escritor Estou relendo o livro ‘A Civilização do Espetáculo’ – Uma radiografia do nosso tempo e da nossa Cultura, 2013, 208 páginas.

Gutenberg Costa - Jornalista e Escritor
Estou relendo o livro 'A Civilização do Espetáculo' - Uma radiografia do nosso tempo e da nossa Cultura, 2013, 208 páginas. Editora Objetiva, RJ, do peruano, prêmio Nobel de Literatura Mário Vargas Llosa, nascido em 28 de março de 1936 e encantado, no dia 13 de abril de 2025, aos 89 anos.
Sempre atualizo as datas dos autores, em seus livros. Mania de pesquisador anotar as datas em tudo que lê. A obra em questão de Vargas Llosa, é uma realista radiografia do nosso tempo conturbado e moderno, como sua visão sobre a nossa cultura. O autor era um inconformista e polêmico, que brigou com a Igreja Católica, a chamada esquerda e direita. Não veio para agradar e lavar as mãos, como o famoso Pilatos.

Quando cheguei em Salvador/BA, em 1993, fui recepcionado pelo saudoso amigo e mestre professor e folclorista sergipano José Calasans, (1915-2001 ) com um solene almoço em seu apartamento. E durante o almoço a rigor gastronômico para convidados, o mestre Calasans, que era o maior estudioso sobre a Guerra de Canudos/BA, inclusive detentor de documentação antiga e escritos do próprio Antônio Conselheiro, líder espiritual do Arraial do Belo Monte, dizimado em 1897.
O assunto foi dominado pelo Calasans, sobre sua amizade com Mário Vargas Llosa, que recebeu orientações de Calasans sobre a conhecida e trágica Guerra de Canudos. Vi fotografias dos dois e ao final do referido almoço, o meu amigo anfitrião me pediu para assinar uma toalha, com uma caneta preta especial para esses momentos. Coisas do acaso, depois de rabiscar minha assinatura é que eu percebi que ao lado do meu nome, lá estava o autógrafo de Mário Vargas Llosa, no início dos anos 80.
E de presente do folclorista José Calasans, recebi depois do citado almoço, o livro romanceado em espanhol ' A la guierra del fin do Mundo', do Mário Llosa. Pouco dias depois o meu nome era apresentado ao conceituado Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, pelas amizades folcloristicas, Calasans e Hildegardes Vianna, (1919-2005).

Papai, Geraldo Costa(1915-1994), já me transmitia, com seus poucos estudos alguns conselhos: "Procure se cercar dos bons e sábios" E "Cobra que não anda não engole sapos". Ou seja, quem anda, sempre volta com histórias para contar sobre suas andanças vividas.
Triste de quem fica em casa, dizem os andarilhos. Leite derramado e nada que possa contar aos seus… Gutenberg Costa
