As inovações tecnológicas que acompanhei em minha terra São José de Mipibu
Cristóvão Cavalcante – Escritor da história de São José de Mipibu (atualmente, radicado no Rio de Janeiro) Nos anos cinquenta, um costume de São José de Mipibu era aguardar, na Estação de Cima (próximo ao Cruzeiro do Século), a passagem do trem (movido a vapor) conhecido, carinhosamente, por “Maria Fumaça” .
Cristóvão Cavalcante – Escritor da história de São José de Mipibu (atualmente, radicado no Rio de Janeiro)
Nos anos cinquenta, um costume de São José de Mipibu era aguardar, na Estação de Cima (próximo ao Cruzeiro do Século), a passagem do trem (movido a vapor) conhecido, carinhosamente, por "Maria Fumaça" . Ele vinha de Natal, logo cedo da manhã, com destino ao Recife e, retornava à noite, de Recife para Natal. Uma viagem de trem Natal para a capital pernambucana, durava um dia inteiro, aproximadamente 12 horas.
Você já parou para pensar em como a inovação tecnológica mudou o mundo nos últimos anos? Algumas invenções foram tão revolucionárias que transformaram a forma como vivemos, trabalhamos, nos comunicamos e até nos divertimos. Hoje, a modernidade, a evolução me faz pensar, como o mundo aos poucos foi se transformando. Sou privilegiado de acompanhar essas transformações. Cada década uma exclamação!! Do carro de boi a aeronave sofisticada, que nos transporta a outro continente.
O RÁDIO
As ondas do rádio, traziam noticiários numa transmissão precária, mas o aparelho receptor era um objeto de consumo raro para as famílias pobres. Só tinham acesso ao rádio, às pessoas mais abastadas da cidade. A comunicação via Teletipe código Morse, o transporte rodoviário, era uma marionete, um ônibus, conhecido como "sôpa", com um bagageiro no teto coberto com uma lona.
Na minha infância, em São José de Mipibu, ouvia comentários, que no futuro, muitas transformações iriam acontecer, como sonhos inimagináveis. Ninguém acreditava, era narrativa e contos de fadas. Décadas após décadas vimos a transformação. Uma notícia, um acontecimento demorava horas para termos conhecimento. Hoje, um fato no outro lado do mundo, chega às nossas casas, em tempo real.
O jornal Tribuna do Norte, circulava pela manhã, em Natal e o só chegava em São José de Mipibu às 19 horas, porque vinha no ônibus, que saia de Mipibu, às 7 horas e só retornava às 19 horas. A chegada do ônibus, era uma atração na cidade.
Uma viagem na sôpa ou pau-de-arara, de Natal ao Rio de Janeiro ou São Paulo durava, aproximadamente uns quinze dias, num sofrimento e desconforto. Hoje, em ônibus leito num conforto extraordinário, faz o mesmo percurso em quarenta e oito horas.
TELEVISÃO
A televisão era uma novidade inacreditável, quando se comentava esses possíveis acontecimentos, diziam que seria o fim do mundo. A notícia de cada novidade absurda, corria na boca de muita gente, que falava que o mundo iria se acabar. Muita gente acreditava e ficavam em casa rezando, apavorados esperando acontecer o que prevê o Apocalipse, descrevendo o fim do mundo.
Lembro que no ano de 1959, à passagem do ano ia haver coisas terríveis, como por exemplo: o negro ia virar macaco, o branco viraria banana e, posteriormente, seria comido pelo macaco. Essas estórias foram tão forte, que até marchinha de carnaval no ano seguinte, alcançou enorme sucesso. A virada do ano foi uma coisa de louco, todos esperando o que iria acontecer. Teve gente, que se trancou em casa, tremendo de medo, esperando o mundo se acabar.
Em 1958, a Copa do Mundo de Futebol na Suécia, a transmissão era via rádio e pouca gente tinha um receptor em casa. Quem tinha um rádio recebi os vizinhos para ouvir a transmissão. A onda ia e vinha pausadamente. Meu vizinho, o saudoso Sebastião Amaral, falou: - Garoto daqui a dez anos, o que estiver acontecendo algo, no Japão, ao mesmo tempo estaremos assistindo em casa, através de um aparelho, chamado televisão. Eu, ri e falei para um colega, "seu Sebastião está louco".
Doze anos depois, assisti a Copa do Mundo de Futebol, de 1970, realizada no México, na casa de Seu Monteiro, pai de Núbia e Nívia. Assistimos os jogos sentados no chão da sala, especial o jogo final, disputada entre o Brasil e Itália. No dia 21 de junho de 1970, no Estádio Azteca, o Brasil sagrou-se campeão ao vencer a Itália, por 4 x 1.
Recordei as palavras sábias de seu Sebastião. Na mosca!
CELULAR
Em relação do telefone celular, na época, se comentava que futuramente andaríamos com as notícias e imagens do mundo, no bolso.
Como seria possível? Uma incógnita! O celular chegou ao Brasil no final da década de 1980. Um sucesso! Mas com cerca de 20 anos de atraso em relação a países como Estados Unidos. Naquela época, era difícil imaginar que 30 anos depois o país teria mais celulares que habitantes. Num piscar de olhos o celular está aí... Por mais simples que sejam, os celulares atuais vêm com diversos dispositivos que facilitam a vida do usuário. Mas os smartphones (telefones inteligentes) vão além. Com funcionalidades avançadas, eles trazem praticamente tudo que um notebook ou um desktop de mesa oferecem, com a vantagem de poderem ser carregados dentro do bolso. O celular se tornou uma ferramenta indispensável, em nossa vida.
Como é maravilho fazer uma retrospectiva e compartilhar com amigos contemporâneos mipibuenses. O bom é quando nós nos encontramos e recordamos com muita alegria, o passado. Como diz o autor, "Recordar é viver a sombra do passado".
Realmente… Tudo mudou… mais nem tudo para melhor…
Muitas saudades…muitas lembranças… Com o desenvolvimento,muita coisa mudou, inclusive,o modo de agir,de pensar da humanidade… Infelizmente…
Mais… sinceramente, tenho saudades da simplicidade… Tenho saudades…MUITAS SAUDADES 😢😢😢
Muito bom,eu me lembro muito dessa época,o trem era diariamente, Natal Guarabira na Paraíba, quantos aos jornal, meu pai era motorista,e trabalhava com Lauro Macedo, e ele trazia os jornais, e eu ia vender, já tinha a freguesia, , seu nozinho,José Sales , Chico Dantas e outros, rádio só tinha na casa dos ricos,eu assitia na casa de Hildebrando, telefone nem sonhar, viagem pra São Paulo tinha ônibus de 10 em 10 dias, sezarino e Zé das bicicletas, os motoristas, teu pai, Pedro Guarany, delegado da cidade,o maior comedor de xxxxx da história de São José do Mipibu, o veio era conhecido
Eu vivi está época, nascido em São José do Mipibu em 1946, passei toda minha infância, indo e vindo a sitio de tio Abel, a Pituba, engenho Olho d’água, tomar Garapa com pão doce, ir ao morgado catar cabuim, tomar banho na bica, jogar futebol pelo globinho, o time de Zé Reinaldo do. Cartório. Estudante do Instituto Pio XII, etc, etc