Lewandowski: “Candidato ligado ao crime organizado, se eleito, terá mandato cassado”
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal (PF) estão fazendo um “pente-fino” em todos os candidatos para barrar os que forem envolvidos com o crime organizado.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal (PF) estão fazendo um “pente-fino” em todos os candidatos para barrar os que forem envolvidos com o crime organizado. A declaração foi feita no programa Bom Dia Ministro do Canal GOV. O ministro afirmou que os candidatos envolvidos com o crime que não forem impedidos de concorrer a tempo não tomarão posse ou serão cassados.
“Estamos passando um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos e vamos identificar aqueles que, eventualmente, não podem se candidatar. Muitos já foram barrados por esse motivo e outros serão. E, se forem eleitos, não tomarão posse ou serão cassados”, declarou o ministro.
Lewandowski disse que considera a infiltração do crime organizado nas eleições algo novo, diferente do que se viu. Mas, a violência nos períodos de votação existe desde a Primeira República. “Sempre houve violência em cidades pequenas, nas eleições municipais, onde as paixões são mais acirradas. Há brigas de clãs e famílias. É um fenômeno lamentável, que, sem dúvida, está sendo combatido”, explicou.
O ministro relatou que quando esteve no Rio Grande do Norte no início do ano, durante uma fuga do presídio de segurança máxima, ele foi alertado sobre o crime organizado se infiltrando. “Lançando candidatos a vereadores e prefeitos, em cidades onde isso jamais ocorreu”, relatou. Para Lewandowski, os episódios ocorridos no interior são orquestrados de fora, de outros estados onde o crime está mais enraizado.
Por fim, Lewandowski ponderou que o crime organizado é um fenômeno global. O ministro informou que o Brasil tem 27 organizações criminosas mapeadas em seus presídios e que foca o combate a elas por meio de ferramentas de inteligência e dados.
Fonte: Estadão