Homenagem in memoriam ao vovô Manoel Amaro Freire
Por Regina Freire Noronha – Neta do saudoso Manoel Amaro A nossa família recebeu homenagem in memoriam ao vovô Manoel Amaro Freire.
Por Regina Freire Noronha - Neta do saudoso Manoel Amaro
A nossa família recebeu homenagem in memoriam ao vovô Manoel Amaro Freire.
O vovô foi soldado da Força Expedicionária Brasileira-FEB. Sempre será lembrado por lutar contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão),os nazistas, na Segunda Guerra Mundial.
Os 80 anos que marcam o fim da guerra é uma lembrança que não queremos guerras.
O mérito do vovô Manoel, se deve ao dia de hoje, dia 12 de maio – Dia do Enfermeiro.
Ele tomou um tiro dos soldados nazistas e foi na enfermaria que, provavelmente, descobriu uma nova vocação. E quando retornou da Itália, estudou enfermagem, virou parteiro, veterinário e ganhou o apelido, em São José de Mipibu, de “Médico dos pobres”.
Seu consultório estava localizado por trás do mercado público de São José de Mipibu. Quando se aposentou, fechou o local.
Eu era jovem e não entendia porque tantas pessoas o procuravam. Quando os médicos já não sabiam diagnosticar os pacientes, mandavam procurar o vovô Manoel. Porque ele era intuitivo e assertivo em sua ações.
No Rio Grande do Sul, tem uma rua, Soldado Manoel Amaro Freire, na Avenida dos Expedicionário. Em Porto Alegre, ele foi homenageado. Em Mipibu, estou esperando que mudem o nome do “Beco de Manoel Amaro”, na Rua Prefeito Juvenal de Carvalho. Que hoje é a sede da ONG Cajupiranga, um adendo cultural da cultura local.
Ele cuidava de pessoas muito carentes, em troca, o agradava, doando galinha, muda de plantas e outros pequenos agrados, daqueles que trabalhavam na agricultura. Por exemplo, o pé de pupunha que exista no quintal da casa, foi um agrado. Eram estas histórias que faziam a vó Lourdes ter orgulho dele.
A minha mãe, Fátima, tia Elza e tio Meco estiveram presentes nas homenagens na Assembleia Legislativa e nas Câmara Municipais de Natal e Parnamirim.
A geração atual de São José de Mipibu, desconhece que ele foi enfermeiro e soldado. O dia do Enfermeiro é uma oportunidade para lembrar o que meu avô fez por São José de Mipibu e arredores.
Orgulho por ser neta, de uma pessoa peculiar e fora da curva. Que deixou filhos, netos e o bisneto Manoelzinho.
Muitos anos de serviços prestados ao povo de Mipibu. Merece todas as honrarias e homenagens. Lembro bem dele, pois morava na mesma rua. Conheci seu ambulatório por trás do mercado. Meu pai, Luiz Barbosa, chegou a ser orientado por ele inúmeras vezes, para ajudar pessoas enfermas na comunidade Laranjeiras dos Cosmes numa época em que não existia SUS e o transporte por carro era muito raro. Aos mãos solidárias de cidadãos comuns eram o único suporte de muitos enfermos.
Obrigada pela publicação.
Eu não revisei o texto, escrevi rapidamente quando estava aguardando uma consulta médica. Não é fácil escrever do celular.
O pé de papinha é na verdade “pé de pupunha”.
O vovô sempre teve apoio de vó Lourdes. Enquanto ele consultava, ela acolhia e alimentava quem chegava na casa deles. No dia de sábado, dia que mais tinha gente procurando atendimento do vovô Manoel.
Tenho curiosidade em saber quantos partos realizou. A história do parto que fez com a luz do farol do Carro, para ter iluminação foi uma das mais especiais que ouvi.
Já aposentado, o vovô costumava conversar com as pessoas que passavam na Rua. O “Beco de seu Manoel” é referência dos locais.
Nada mais importante que perpetuar as ações humanitárias que fazem do ser humano peculiar. Como é importante esse reconhecimento popular, e que seja compartilhado com as novas gerações para que nunca esqueçamos do nosso passado, pois sem essas lembranças o futuro não terá sentido. Parabéns pelo texto amiga-irmã Regina! Um grande abraço !