Familiares e ex-alunos cobram; quando o professor Tamires será reconhecido, com o nome de uma escola em São José de Mipibu?
“Quando será que o professor Tamires será reconhecido, com o nome de uma próxima escola?“.

"Quando será que o professor Tamires será reconhecido, com o nome de uma próxima escola?". Essa pergunta foi postada nas redes sociais por Clhoris Peixoto filha do casal professores Tamires (in memoriam) e Leide Peixoto.
A família e ex-alunos cobram do prefeito de São José de Mipibu, José Figueiredo e do secretário Municipal de Educação, Jota Veras, que homenageie o professor Tamires, com o nome de uma unidade educacional a ser inaugurada no município.
Os internautas publicaram:
"Tamires, amigo de peladas de futebol, professor, de História Geral e Geografia". (Carlos Antônio Alves);
"Um grande gestor, amigo, professor de excelência, historiador foram essas as qualidades de um grande homem. Sem muita delonga merece".(Djalma Emerenciano);
"Nobre professor.... De um belo legado na educação..." (Paulinho Lima)
QUEM FOI O PROFESSOR TAMIRES ÍTALO

Tamires Ítalo Trigueiro Peixoto foi um importante professor mipibuense. Nasceu em São José de Mipibu no dia 16 de novembro de 1942. Filho do ex-vereador João Alves Peixoto e da professora Clóris Trigueiro Peixoto, descendentes de portugueses e italiano.
Tamires era descendente direto de uma das primeiras famílias a chegar a São José. Pelo lado paterno, é neto de Antônio Ezequiel Peixoto e Joana Alves Maciel Peixoto, de quem herdou uma parte da antiga “Fazenda Morgado”. Do lado materno, seus avós se chamavam Ábdon Álvares Trigueiro e Higina Campos Trigueiro.
Tamires estudou o primário no Grupo Escolar Barão de Mipibu. Sua primeira professora foi Carminha Gomes. Após passar pelo curso primário, foi para o Ginásio Comercial de São José de Mipibu, que hoje é a Escola Estadual Professor Francisco Barbosa. Em seguida, frequentou escolas de renome da capital, entre elas, o Sagrada Família, Instituto Padre Miguelinho e o Atheneu Norte-riograndense.
Aos 18 anos de idade prestou serviço as Forças Armadas (Aeronáutica), no período de 1960-1961. Posteriormente, ingressou no Ministério da Saúde, sendo Guarda Sanitário.
Concluindo que não tinha vocação para os cargos que ocupava, iniciou sua carreira como professor de História. Formado em 1967, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, lecionou, também, as disciplinas de Geografia, OSPB e Moral e Cívica.
Veio a conhecer a jovem Maria Leide Tavares, que ao pouco tempo de conhecido vieram a se casar, com dois anos de namoro, com que tiveram a filha Clóris Tavares Peixoto, herdando o nome de sua avó paterna.
Por 42 anos se dedicou à educação da sua cidade e de Nísia Floresta. “Todos os professores de São José, filhos da terra, sem exceção, foram alunos dele e de sua mãe, Clóris Trigueiro Peixoto”.
Quando estava em pleno exercício da profissão de educador, Tamires ocupou o cargo de diretor das escolas Estaduais Barão de Mipibu e Professor Francisco Barbosa, em ocasiões distintas. Essa última, respondeu por oito anos, de 1994 a 2002. Foi também professor do Instituto Pio XII.
Segundo o pesquisador Luís Carlos Freire, “Tamires seguia a doutrina espírita. Pensava mais nos outros do que nele. Foi um educador respeitado”
CAMPANHAS
Sem qualquer apoio da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, o professor Tamires Ítalo Trigueiro, em 1992, desenvolveu uma campanha junto a comunidade mipibuense para pintar a Escola Estadual Profº Francisco Barbosa.
Entusiasmado, o professor Tamires desenvolveu, dois anos antes, desafio semelhante, quando era diretor da centenária Escola Estadual ‘Barão de Mipibu’.
Tamires Ítalo também era pesquisador e historiador. Prestou relevantes serviços como historiador mipibuense contribuindo de forma significativa para o conhecimento histórico de sua cidade. Ele pesquisou material suficiente para lançar um livro sobre São José de Mipibu. Com um título que já havia escolhido “Meu São José de Ontem, Meu São José de Hoje”, mas, não conseguiu concretizar o seu lançamento.
O educador nunca hesitou em comprar uma "briga" contra quem desprezava a riqueza histórica e cultural do município. Quando o assunto era sobre a história de sua terra, o professor se considerava um verdadeiro “fanático”. Essa identidade com a história não se limitava somente à sua vocação pela disciplina que por tantos anos lecionou.
O DESPORTISTA

Tamires Peixoto também foi um desportista de destaque no futebol mipibuense. Quando jovem, chegou a atuar na equipe do América F.C, de Natal. Em São José de Mipibu, atuou no tradicional time do Arsenal S.C, onde foi lateral direito. Segundo Nilton Fagundes, “Tamires era um exímio cabeceador da equipe alvinegra mipibuense”. Por seu desempenho, Tamires foi convidado a integrar a Seleção de São José de Mipibu, em 1967, disputando o Campeonato de Futebol Interiorano – Matutão, torneio em nível estadual.
ÚLTIMOS DIAS

Residiu por vários anos na sua granja “Morgado”, na estrada de acesso ao município de Nísia Floresta. O Morgado teve um papel de relevância na história dos municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta. Foi naquela propriedade, mais precisamente no antigo casarão da “Fazenda Morgado”, que ficou hospedado o homem designado pela Província para emancipar São José de Mipibu, em 1762. Seu nome: Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo Branco de Souza Morgado. Em homenagem ao ilustre visitante, a propriedade foi rebatizada com seu nome pelos antepassados de Tamires.
Dedicou-se a educação dos municípios de Nísia Floresta, na Escola Municipal Yayá Paiva e em São José de Mipibu, em várias instituições de ensino. Em 1990 foi nomeado diretor da Escola Estadual Barão de Mipibu, em 1995 sendo nomeado diretor da Escola Estadual Prof. Francisco Barbosa, onde dedicou a maior parte da sua vida como gestor da referida escola.
Tanto Tamires como sua esposa Leide, deram suas contribuições à educação de São José de Mipibu. “A gente podia ter se aposentado com 25 anos, mas não quisemos, porque gostávamos de trabalhar”, prosseguiu Leide, que além de professora exerceu os cargos de supervisão, direção e vice-direção, esse último, ao lado do marido diretor. Maria Leide dedicou 31 anos de sua vida à educação. O legado da profissão foi deixado para a única filha do casal, Chlóris Tavares Peixoto, que também é professora.
Numa postagem, a filha de Tamires, Cloris Peixoto, publicou a mensagem:
“Meu herói, meu amigo, meu pai, meu tudo…. você sempre foi um grande homem que mora em meu coração. Com você aprendi e cresci como pessoa e como profissional. Você e mainha sempre foram um exemplo para mim. Saudades painho… te amo tanto… Um professor que deixou muitas saudades para muitos alunos na minha querida terra São José de Mipibu. O professor Tamires merece sim uma homenagem em Mipibu. Quem concorda?“
Nada contra essa homenagem ao professor Tamires,mas antes dele existem outras figuras que também como professor e professora prestaram serviços relevantes à juventude dr são José do Mipibu, às professoras Clórys professora Carminha,Elita Palhano,Terezinha Garcia Lourdes Peixoto