Fábio Dantas: “Oposição precisa de projeto para o Rio Grande do Norte”
Ex-vice governador e ex-deputado estadual avalia que ainda é cedo para se falar dos nomes dos prováveis candidatos em oposição à governadora Fátima Bezerra, acrescentando que existe um sentimento de orfandade na classe política e na sociedade, ocasionado pelo isolamento e distanciamento que o governo do PT impõe a esses setores Ex-vice-governador do Rio Grande […].
Ex-vice governador e ex-deputado estadual avalia que ainda é cedo para se falar dos nomes dos prováveis candidatos em oposição à governadora Fátima Bezerra, acrescentando que existe um sentimento de orfandade na classe política e na sociedade, ocasionado pelo isolamento e distanciamento que o governo do PT impõe a esses setores
Ex-vice-governador do Rio Grande do Norte, o ex-deputado estadual Fábio Dantas (Solidariedade) criticou o fato de a oposição ainda não ter formulado um projeto de desenvolvimento para apresentar como opção à população norte-rio-grandense nas eleições do próximo ano. “Acho que a prioridade da oposição não deve ser escolher um candidato, antes precisa ter um projeto para o Estado. Lá na frente se escolhe o candidato que irá representar esse projeto”, defende Fábio.
De acordo com Fábio Dantas, a oposição deveria se unir primeiro em torno de um projeto único, que junte toda a oposição, para só então discutir candidaturas. “Ao se falar de candidaturas e não de projetos, mostra-se uma preocupação mais com o pessoal do que com o coletivo. Ninguém vai liderar esse processo dizendo que já é candidato”, critica, se referindo aos ministros Fábio Faria e Rogério Marinho, que se dizem candidatos ao Senado, e aos deputados Tomba Farias (PSDB) e Benes Leocádio (PRB).
Fábio afirma que há um sentimento de orfandade na classe política e na sociedade, ocasionado pelo isolamento e distanciamento que o governo do PT impõe a todos esses setores, em sua visão. Para modificar esse sentimento, segundo Fábio, a classe política (leia-se a oposição ao PT) “precisa amadurecer e esquecer projetos pessoais”. “A classe política do RN é órfã de governo, por isso a importância da união de todos. Mas não acho que se construa nada impondo nomes. Nomes naturais são aqueles que surgem de baixo para cima, que venham das bases, do povo”, observa.
Fábio Dantas cita a pré-candidatura do senador Styvenson Valentin (Podemos) a governador como possível fator de desestabilização da classe política potiguar, caso a oposição não se una para oferecer uma terceira via para fazer frente ao senador e à governadora Fátima Bezerra. “Se a classe não se unir e lançar um terceiro nome, pode se preparar para entregar (o comando do Estado) a Styvenson. Entre o desastre pretérito ou o presente, o eleitor vai optar por quem ainda não foi testado”, diz, endereçando críticas ao atual governo e lembrando que Styvenson poderá ser visto como a novidade e surpreender sendo eleito.
Necessidade de reformas
Na avaliação de Fábio Dantas, o Rio Grande do Norte necessita de “reformas estruturais sérias”, parte das quais já encaminhadas pela gestão Fátima, mas ainda de maneira tímida, e insuficientes para sanear as contas públicas e permitir que o Estado faça investimentos e se desenvolva. O ex-deputado diz que listou 54 medidas de impacto para o Estado, entre as quais estão três já executadas pela governadora, que são a reforma da previdência, o teto de gastos públicos e o fim da receita do programa de desenvolvimento (Proedi).
“Isso é muito pouco. Reforma tem que passar pelo fim dos supersálarios, que tem que ser o salário do governador. Acabar com os aumentos salariais a servidores de forma desigual, dentre várias outras”, pontua, citando que a folha de pessoal da Paraíba tem 15 mil servidores a mais que a do RN, mas que no estado vizinho a folha é cerca de R$ 2 bilhões mais enxuta que no RN.
“Aqui tem menos funcionários e mais gasto. O servidor público do RN precisa dar sua colaboração”, cobra, citando, ainda, que o Rio Grande do Sul, depois de uma crise enorme, fez recentemente sua reforma e hoje, após uma crise jamais vista, já consegue pagar em dia o funcionalismo e dá saltos seguidos de superavit. “Aqui um governo quer investir em segurança, mas não sabe onde pegar dinheiro”, ilustra.
Do Agora RN
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