Enterro da galinha Rafinha comoveu população de Patos/PB
Parece estória de pescador mas, realmente, essa história ocorreu, há 10 anos, na cidade de Patos, na ParaÃba.
Parece estória de pescador mas, realmente, essa história ocorreu, há 10 anos, na cidade de Patos, na ParaÃba.
Criados culturalmente há milhares de anos, os bichos de estimação emprestam suas caracterÃsticas especÃficas para abrilhantar residências com seu apreço e, com isso, recebendo carinho e cuidados especiais.
Desde os mais convencionais, como cachorros e gatos, até criaturas raras, podem criar uma relação de apego e amor com seus donos humanos devido ao convÃvio dentro de um lar. Contudo, há dez anos, uma intervenção na cidade de Patos, na ParaÃba, emocionaria a população local.
Na casa da aposentada Genecira Maria, a galinha Rafinha era criada pela senhora juntamente de sua filha durante cinco anos, chegando a dormir em berço, ser lavada com banho e sabonete de coco e até mesmo ter rede contra mosquitos, dada a alergia a picadas, como contou a dona ao portal de notÃcias G1.
A alegria de Rafinha, no entanto, foi interrompida em 20 de agosto de 2012; ela sumiu da residência, supostamente roubada por algum munÃcipe, iniciando uma investigação.
Conhecida pelos cuidados, as autoridades locais se mobilizaram, chegando a um suspeito, que revelou o que teria acontecido com o animal.
Tristeza generalizada
Ao ouvir depoimento do suspeito, ele confessou ter roubado uma galinha no mesmo endereço onde Genecira morava, desconhecendo o apreço do animal e o trocando por duas pedras de crack com um traficante logo após o furto, sendo direcionado para alimentação e impossibilitando sua localização.
Apesar da prisão do homem, a recompensa que havia sido oferecida para o paradeiro de Rafinha foi retirada por sua dona após a notÃcia da polÃcia. Ela passou mal e precisou ser socorrida em hospital após a notÃcia de seu destino, na semana seguinte. A notÃcia, divulgada em veÃculos locais de imprensa, comoveu a população, chegando a inspirar uma música do humorista Tatu.
Com tamanha mobilização, os munÃcipes auxiliaram a dona e promoveram um enterro simbólico da galinha, conduzindo cerca de duas mil pessoas para o evento, incluindo o prefeito de Patos, que acompanhou o cortejo partindo da casa de Genecira até o cemitério público da cidade, sendo representada com um caixão branco e uma galinha branca de pelúcia.
A gente a criava com muita animação desde pequenininha, conversando com ela como se fosse uma pessoa. […] Me sinto muito triste, muito muito muito mesmo! Não é brincadeira. Só sabe o que eu estou passando quem tem um bichinho de estimação", relatou a dona para veÃculos de imprensa locais em coletiva.