Dos deputados federais do RN, só Rafael Motta e Natália Bonavides votaram contra projeto que quase triplica fundão eleitoral
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (15) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022.
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (15) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. Com a decisão, deputados e senadores saem de recesso na próxima segunda e só voltam ao trabalho no dia 3 de agosto.
O placar foi de 278 votos contra 145 a favor e 1 abstenção. O texto seguirá para sanção presidencial.
Depois da Câmara, o Senado aprovou a LDO, por 40 votos a favor e 33 votos contrários. O placar apertado reflete a insatisfação de senadores com a proposta de aumentar o fundo eleitoral para R$5,7 bilhões durante o ano eleitoral. O valor representa quase o triplo do previsto para a eleição passada.
Horas antes, em sessão da Câmara , os deputados já haviam votado a proposta de manter o fundo eleitoral, e vetaram um destaque do partido Novo, que buscava reduzir o montante para R$ 2 bilhões.
Orientaram sim à proposta (e portanto na prática a favor do novo fundão): PSL, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, DEM, Solidariedade, Pros, PSC, PTB e Cidadania. Já os partidos que orientaram “não” ao projeto foram PT, PSB, PDT, Podemos, PSOL, Novo, PV, Rede e a liderança da Oposição.
Da bancada federal do Rio Grande do Norte, cinco dos oito deputados votaram a favor do projeto que triplica o fundão eleitoral: Beto Rosado (PP), Benes Leocádio (Republicanos), João Maia (PL), Carla Dickson (PROS) e general Girão (PSL). Apenas Rafael Motta (PSB) e Natália Bonavides (PT) foram contra a proposta. Walter Alves (MDB) não participou da sessão.
Pelo twitter, Rafael Motta classificou como “inaceitável” o reajuste:
Triplicar o Fundo Eleitoral no meio da pandemia é inaceitável. O Congresso aprovou (ontem) hoje a previsão de aumento do fundo de financiamento de campanhas dos atuais R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões com meu voto contrário!”, afirmou.
Também pelas redes sociais, o general Girão Monteiro (PSL), que votou “sim” ao projeto, afirmou que a posição dele foi pela aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Embora não tenha havia votação em separado, ele disse ser contra o reajuste no fundo eleitoral:– Ao contrário do que diz a velha e a nova esquerda, não votaram contra o aumento do Fundo Partidário e Fundo Eleitoral. Votaram contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ou seja, contra o governo e as diversas emendas benéficas para o país. Votei Sim ao PLN 3 por entender a necessidade de aprovar as metas para o ano de 2022 para saúde, segurança pública e muito mais. Porém, registro meu voto contrário ao aumento do Fundo para R$ 6 bilhões. Repudio totalmente o aumento do Fundão”, tentou justificar.
Senado
Como houve a derrubada do destaque pelos deputados, não cabia ao Senado abrir novas discussões ao texto já aprovado. Os senadores só podiam, portanto, votar o texto principal da LDO. Os três senadores do RN – Jean Paul Prates (PT), Styvenson Valentim (Podemos) e Zenaide Maia (PROS) votaram “não”.
Ainda assim, o senador Jean Paul Prates (PT/RN) justificou o reajuste no fundo para financiar a democracia e fornecer a candidatos pobres as condições para fazer suas campanhas:
De Rafael Duarte - Agência Saiba Mais
Por essas e outras, nenhuma reforma política irá desfazer os nós que, conscientemente, são dados pela classe política para garantir-lhe os privilégios. Infelizmente.
É mais uma demonstração de insensibilidade e desprezo ao eleitorado. Espero Que a RESPOSTA SEJA DADA NAS URNAS…..