Domingo, na companhia de Rubem Alves
Domingo pede cachimbo, radiola e leituras.

Domingo pede cachimbo, radiola e leituras. Estou folheando neste domingo de sol escaldante, o livro de crônicas do genial mineiro Rubem Alves, (1933-2014) - 'O Velho que acordou Menino'.
Um feliz domingo em minha casa, tem que se acordar com meu galo, o estridente vozeirão Vicente Celestino. Tem que ter algo de Rubem Alves, Adélia Prado e Cora Carolina. Só Adélia, entre nós. Alves e Coralina, já estão canonizados em meu velho oratório e no paraíso dos bons, aonde a dona Maria Estela, minha mãe, os escuta todo dia.
Com certeza, me respondem os santos kardecistas, como o Nilo Emerenciano e Alexandre Gurgel. Eu confesso que chorava todos os dias, pela ausência de dona Estela até que fui consolado por um amigo espiritualista de quatro costados: "- Fique calmo que ela continua fazendo o bem!".

E a dona Maria Estela, no mês de julho, estará fazendo a festa dos seus 100 anos. Bolo no céu e bolo em Nísia Floresta, para seus bisnetos. Parece que o trem do grude de Extremoz, descarrilhou e saiu do domingo para Pendências e Alecrim, de dona Estela.
Dizem que a memória é um novelo de linha. Puxou se vai longe. E se o quixotesco Rubem Alves, se dizia ser um contador de histórias, o que direi de mim, no miolo da feira do meu Alecrim?
E aqui vão, por hoje, as minhas mal traçadas linhas…

