Crônica para Júlia Alice
Anderson Régis – Fotojornalista Júlia foi meu luzeiro por bons janeiros.

Anderson Régis - Fotojornalista
Júlia foi meu luzeiro por bons janeiros.
Amiga, derramava no olhar tanto afeto para mim. Como se amigo dela eu fosse também.
Além do riso, tinha a fala, tinha o gesto, um certo quê de bem-aventurança E por ser uma mulher forte, foi meu norte.
Em dias turbulentos de trabalho, sentava-me com Júlia e recebia conselho e atenção.
“- Amor, por ali não”. Ou “-Sim amigo, você está certo, mas pode melhorar se fizer de outra maneira". Ganhava-me, então, e eu corria a atender sua vontade.
Com uma sólida liberdade. Transitei na sua casa e na sua vida. Por isso, Júlia está no meu coração desde o ano em que a vida nos deu o prazer de se conhecer.
E o tempo não apagou minhas doces lembranças. Do amparo que eu recebi de Júlia, quando eu mais precisei. Ela esteve lá, presente nos meus domingos, que seriam vazios e doloridos sem a sua força.
Adoro ver aqueles olhinhos trocados, aquele cabelos lisos grande. Adoro quando acordo, pego o meu celular e vejo uma mensagem de "bom dia" e me chama atenção quando dirige. Cheguei até fazer uma foto dela dirigindo o carro.

E quando ouço a canção "Garotos", do Kid Abelha, lembro do dia que estava tocando essa música no som do carro e, aumentando o som, começou a cantar alto. Achei muito lindo a maneira, feliz que ela cantava.
Dedico essa Crônica a minha a minha amiga, que estamos voltando a nos entender, aos poucos Júlia Alice e a dona Simone, sua mãe, que faleceu este ano e que sempre apoiou nosso relacionamento, sonhando um dia, que iríamos ter um filho...