Chapa ‘FARINHO” – Fátima & Rogério – repercute na imprensa nacional
A chapa que tem crescido no interior do Rio Grande do Norte por adesão de prefeitos e lideranças repercutiu nesta quarta-feira no jornal Valor, explicando como é possível a união da Governadora Fátima Bezerra, buscando à reeleição e o ex-ministro Rogério Marinho, candidato declarado do Bolsonarismo no Estado.
A chapa que tem crescido no interior do Rio Grande do Norte por adesão de prefeitos e lideranças repercutiu nesta quarta-feira no jornal Valor, explicando como é possível a união da Governadora Fátima Bezerra, buscando à reeleição e o ex-ministro Rogério Marinho, candidato declarado do Bolsonarismo no Estado.
A disputa majoritária no Rio Grande do Norte desenhou um quadro curioso e improvável até mesmo para os mais pragmáticos.
Líder nas pesquisas e com real chance de se reeleger em primeiro turno, a governadora Fátima Bezerra (PT) passou a receber apoio de prefeitos que antes a desprezavam.
Mas parte desses gestores já avisou que apoiará formalmente na disputa ao Senado um dos principais adversários do PT no Estado, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional (MDR) e bolsonarista Rogério Marinho (PL).
FATIMA + ROGÉRIO = FARINHO
A dobradinha é chamada, informalmente, de “Farinho”, união da primeira sílaba do nome da governadora e de parte do sobrenome do ex-ministro.
Embora não abra mão do apoio desses prefeitos, a governadora tem reforçado que seu candidato oficial é o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) – que lidera as pesquisas de intenção de votos.
O pedetista, aliás, foi o principal adversário de Fátima na eleição passada, mas este ano eles se uniram contra o avanço de candidatos de direita.
A governadora também deixou claro que não subirá em palanque com o ex-ministro bolsonarista.
A adesão de prefeitos ao “Farinho” leva em conta, de um lado, a distribuição de recursos pelo governo estadual, e de outro a inclusão do Estado nas obras de transposição do Rio São Francisco, o que proporcionou o ingresso na Companhia de Desenvolvimento dos Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e, consequentemente, o recebimento de máquinas e obras do governo federal.
ROGÉRIO CONTABILIZA MAIS DE 100 PREFEITOS DOS 167
O Rio Grande do Norte possui 167 prefeituras. Integrantes da equipe de Marinho afirmam que mais de cem prefeitos já garantiram apoio à sua candidatura.
Grande parte deles está alinhada à governadora, que tem como principais adversários na campanha à reeleição o senador Capitão Styvenson (Podemos), segundo colocado nas pesquisas, e o advogado Fábio Dantas (Solidariedade), o candidato de Bolsonaro, que aparece em terceiro lugar.
O apoio maciço de prefeitos a Marinho não é contestado por Fátima e seu candidato ao Senado, Carlos Eduardo.
Nas caravanas pelo interior, a governadora tem dito aos prefeitos que não descartará o apoio dos que estão fechados com Marinho, mas rechaça subir em palanque com quem exiba adesivos ou outros materiais de campanha do candidato do PL.
APOIO DE PREFEITO É VOTO NA URNA?
O que ainda não está claro é o impacto que a adesão desses líderes políticos nos municípios terá na disputa ao Senado.
Para a equipe de Marinho, a influência dos prefeitos é determinante na disputa para o Legislativo, visto que muitos eleitores não possuem candidato certo e aceitam a sugestão de líderes que apoiam.
FÁTIMA ELEITA EM 2018 SEM APOIO DA MAIORIA DE PREFEITOS
Já os auxiliares de Fátima destacam que ela se elegeu senadora em 2014 e governadora em 2018 com ínfimo apoio dos gestores municipais.
Há, contudo, um fator que poderá ser ainda mais decisivo na disputa entre os dois líderes nas pesquisas.
Carlos Eduardo é o candidato da governadora e recebeu apoio formal de Lula.
DIVISÃO DA ESQUERDA COM RAFAEL MOTTA
Mas o terceiro colocado nas pesquisas, deputado federal Rafael Motta (PSB), disputa votos com o mesmo eleitorado do pedetista, divisão que poderá ser determinante para o sucesso de Marinho.
Assim como na disputa à Presidência, os aliados de Carlos Eduardo já começam a estimular o “voto útil”, para tentar evitar a vitória de um candidato bolsonarista.
Do Território Livre