Bolsonaro vê o antes e o depois da confissão de Mauro Cid
A importantíssima reportagem de VEJA sobre a confissão de Mauro Cid no caso das joias representa uma mudança de patamar nunca vista nas acusações contra Jair Bolsonaro.
A importantíssima reportagem de VEJA sobre a confissão de Mauro Cid no caso das joias representa uma mudança de patamar nunca vista nas acusações contra Jair Bolsonaro.
Agora, o debate não é se o ex-presidente sabia ou não da venda das joias e outros objetos da presidência, mas está sendo colocado no papel de mandante e de principal beneficiário de um esquema operado pelo seu antigo ajudante de ordens, o mais próximo assessor que Bolsonaro tinha à frente do governo federal.
A situação é totalmente diferente do que se dizia até agora, em que a pergunta era somente uma. Em termos criminais isso é muito mais elevado do que a pergunta original que se fazia sobre seu da venda ilegal dos objetos que deveriam ficar sob a tutela do Estado.
Claro que se imaginava que o líder da direita soubesse, mas é bem diferente ter uma prova testemunhal de que ele, na verdade, era o mentor, o mandante.
Ainda mais, nas circunstâncias reveladas pelas jornalistas Marcela Mattos e Laryssa Borges na reportagem. A de que foi entregue dinheiro em espécie para Bolsonaro burlar a informação a ser descoberta caso o montante passasse pelo sistema bancário.
O fato de ser uma confissão — e não delação premiada — também a torna também mais importante. Isso porque — assim, desta forma — Mauro Cid não aparenta estar somente atrás de benefícios, ainda que o réu confesso tenha vantagem na pena pela confissão à Justiça.
FONTE: Matheus Leitão- Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog