ARTIGO: O Carnaval não pode estar acima da vida das pessoas, nem o Carnatal
Por Carlos Alberto Barbosa Diante das últimas notícias de que cientistas descobriam uma nova variante do coronavírus , a B.
Por Carlos Alberto Barbosa
Diante das últimas notícias de que cientistas descobriam uma nova variante do coronavírus , a B.1.1.529, detectada pela primeira vez em Botsuana, em 11 de novembro último, e com seis casos de infecção confirmados na África do Sul, e que tem um “número extremamente alto” de mutações, o que pode levar a novas ondas de covid-19, é hora dos governantes repensar o carnaval 2022 e no caso da capital do Rio Grande do Norte, até mesmo o Carnatal que se aproxima.
Além disso uma outra informação surgida nesta quinta-feira (25) deixa o Brasil em alerta geral: A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que vem enfrentando instabilidade no sistema de preenchimento online da Declaração de Saúde do Viajante (DSV). Com isso, a agência avisou às companhias aéreas que, temporariamente, não precisam exigir o documento de quem embarca para o Brasil.
“As companhias aéreas já foram comunicadas pelas autoridades brasileiras e, a fim de que não haja qualquer prejuízo aos viajantes, os embarques de passageiros internacionais com destino ao Brasil ocorrerão sem a exigência de apresentação da DSV”, escreveu a Anvisa.
Somando a essas preocupações, tem-se informações de que o novo coronavírus tem se propagado pela Europa, que atualmente é a região do mundo mais afetada pela pandemia. Foram mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil óbitos em uma semana.
A Alemanha, por exemplo, já superou 100 mil mortes por covid e registra novo recorde de casos. Hospitais alertam que os leitos de UTI estão se esgotando e que quase 4 mil estão ocupados por pacientes com Covid-19 atualmente. Diante da situação, alguns hospitais no sul e no leste do país já começaram a transferir pacientes para outras regiões.
A própria OMS (Organização Mundial de Saúde), alertou que vacinados não estão imunes à quarta onda da pandemia. O diretor da OMS, Tedros Adhanon, afirmou na quarta-feira (24) que tá preocupado com a falsa segurança de que as vacinas acabaram com a pandemia de covid-19 no Mundo. “As vacinas salvam vidas, mas não evitam totalmente a transmissão da covid-19”, observou.
O médico sanitarista Gonzalo Vecina, fundador da Anvisa, advertiu em entrevista ao portal UOL que “nem pensar em fazer festas de Réveillon e Carnaval”. Isso, de acordo com Vecina, prejudicará o combate à pandemia de Covid-19 no Brasil. “Estamos longe de alcançar o fim da pandemia. Nem pensar fazer réveillon ou Carnaval. Tudo que estamos fazendo vai por água abaixo”, disse.
O presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e titular da pasta da Saúde no Maranhão, Carlos Lula, adiantou ao portal Brasil 247 que os secretários estaduais de Saúde são unânimes na reprovação à realização do Carnaval em 2022. Há o temor generalizado de que as aglomerações gerem uma nova onda de contaminações.
Portanto, está na hora dos nossos governantes se pronunciarem sobre o assunto.
A conferir!